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SÃO PAULO – A indústria gaúcha intensificou sua trajetória de retração dos últimos meses e registrou queda de 14,6% no primeiro quadrimestre de 2009 ante igual período de 2008. Trata-se do maior recuo já registrado em 17 anos da pesquisa.
No período da análise – entre janeiro e abril -, todas as variáveis analisadas obtiveram retração significativa, mas as referentes à atividade produtiva foram as mais afetadas: faturamento (-17%), compras (-31,5%), horas trabalhadas na produção (-13,3%) e utilização da capacidade instalada (-9,7%).
Setores
Com relação às 17 atividades industriais analisadas, no mesmo período, 16 delas tiveram queda. As maiores perdas foram em Metalurgia Básica (-26,3%), Fumo (-25,5%), Produtos de Metal (-25,9%), Químicos (-22,4%), Máquinas e Equipamentos (-21,8%), Couros e Calçados (-8,1%) e Alimentos e Bebidas (-7,1%). Apenas a área Têxtil obteve elevação de 1,4%.
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“Boa parte dos resultados negativos vividos atualmente são resíduos do pior momento da crise. Nesse cenário, as empresas exportadoras são as mais afetadas”, afirma o presidente da Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul), Paulo Tigre, que destacou que a atividade exportadora retrocedeu 22,6% no período.
Quando analisado apenas o mês de abril, a atividade industrial desacelerou 15,5% contra o mesmo período de 2008. A utilização da capacidade instalada alcançou 78,1%, o que denota uma perda de 10,8%. Em relação a março, o IDI-RS retrocedeu 1,2%.
Perspectiva
“O recuo das compras e da utilização da capacidade instalada indicam a continuidade do baixo nível de produção industrial e o adiamento de investimentos no início do segundo semestre”, avalia o presidente da Fiergs, segundo o qual o faturamento de 70% das indústrias desabou.
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A desaceleração na indústria também atingiu o mercado de trabalho: a massa salarial e o emprego caíram 6,7% e 4,9%, respectivamente.
Os números apontam para uma redução de 32 mil pessoas empregadas na indústria gaúcha no acumulado do ano. Os segmentos que mais fecharam vagas, no período da análise, foram Fumo (-26,9%), Metalurgia Básica (11,7%), Couro e Calçados (-10,9%) e Máquinas e Equipamentos (-9,7%).
“A diminuição da massa de salários deve impactar diretamente na circulação de renda nas cidades mais industrializadas”, salienta Tigre.