Com queda de 38%, criação de emprego formal em outubro foi a pior desde 2008

Recuo ocorreu na comparação com o mesmo mês de 2010. No acumulado do ano, porém, o resultado ainda é positivo

Eliane Quinalia

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SÃO PAULO – O Brasil registrou a criação de  2.241.574 empregos entre janeiro e outubro deste ano, o que representa uma alta de 6,24%.

Considerando apenas o mês de outubro, no entanto, quando foram criadas 126.143 vagas de trabalho, houve queda de mais de 38% na comparação com o décimo mês de 2010. Este foi foi também o pior resultado para o mês, desde 2008, quando foram criados 61.401 postos de trabalho.

Em compensação, frente a setembro, houve aumento de 0,33% no número de trabalhadores formais. Na análise dos 12 meses, com a criação de 1.977.667 vagas, houve um incremento de 5,46% no contingente de empregados com carteira assinada no País.

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Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados nesta sexta-feira (18).

Crescimento setorial
Na análise mensal, dos oito setores de atividades econômicas, sete apresentaram desempenho positivo na geração de empregos formais no mês passado. Em números absolutos, o destaque ficou com o setor de Serviços, com 77.201 vagas de trabalho criadas, o equivalente a uma variação percentual de 0,51% – maior taxa de crescimento dos oito setores.

Outro destaque do período, em termos percentuais, foi o setor de Comércio, que apresentou acréscimo de 60.878 postos de trabalho (+0,74%).

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Os demais setores ficaram da seguinte forma: na Construção Civil, houve alta de 0,37% no número de empregados (+10.298), e na Indústria de Transformação, de 0,06% (+5.206). Já na Extrativa Mineral tal variação foi de 0,60% (+1.224), enquanto que na Administração Pública, tal número foi de 0,09% (+869 vagas).

Os Serviços Industriais de Utilidade Pública atingiram uma taxa de variação de 0,10% (380 postos de trabalho), já a agricultura, por motivos sazonais, registrou uma perda de 29.913 postos, o equivalente a -1,77%.

Análise regional
Ainda segundo os dados do Caged, na análise regional, houve um resultado positivo em 23 das 27 unidades federativas consultadas. Entre elas, destacam-se como recordistas o Pará (+5.963 postos) e o Amapá (+673 postos) – ambos com desempenho recordes.

Já em termos absolutos, destacaram-se os estados de São Paulo (+22.879), Rio Grande do Sul (+16.522), Rio de Janeiro (+13.259), Santa Catarina (+13.153) e Paraná (+11.569).

Já os estados com o segundo melhor desempenho para o mês foram: Maranhão (+2.064) e Tocantins (+779). Por outro lado, apresentaram redução nos níveis de emprego: Goiás (-4.661), Mato Grosso do Sul (-1.986), Acre (-40) e Rondônia (-33).

Considerando as regiões, quatro das cinco consultadas apresentaram elevação no emprego formal. Em números absolutos, a liderança coube à Região Sudeste (+47.850 postos ou +0,23%). Na sequência, se destacaram as regiões Sul (+41.244 postos ou +0,61%), Nordeste (+29.884 postos ou +0,50%) e Norte (+10.152 postos ou +0,62%). A região Centro-Oeste foi a única a apresentar declínio no nível de emprego, com -2.987 postos ou -0,11%.