SÃO PAULO – No Brasil, foram geradas 266.415 vagas de trabalho no terceiro mês de 2010, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados nesta quinta-feira (15). O resultado é recorde para o mês de março.
Frente a fevereiro, quando o Caged registrou saldo de 209.425 empregos, houve aumento de 27,21% no estoque de assalariados formais registrados.
O saldo de emprego do primeiro trimestre também foi o melhor da história, com 657.259 postos de trabalho, o que representa uma expansão de 1,99%. Este saldo superou em 19% o recorde anterior, registrado em 2008 (+554.440 empregos).
Em 12 meses, com a criação de 1,710 milhão de vagas, houve incremento de 5,35% frente aos 12 meses anteriores.
Crescimento setorial
Na análise mensal, dos oito setores de atividades econômicas, todos apresentaram crescimento na geração de empregos formais no mês passado. Em números absolutos, o destaque ficou com Serviços, com mais 106.395 vagas de trabalho. Porém, a maior variação percentual ficou com Construção Civil, que registrou alta de 1,64% no número de vagas (+38.629 postos).
Outro destaque do período foi a Indústria de Transformação que apresentou acréscimo de 72.440 postos de trabalho (+0,96%). O Comércio foi o quarto setor que mais gerou emprego no mês, ao responder por 29.419 postos de trabalho.
Os demais setores também apresentaram aumentos no número de vagas de trabalho em março: em Indústria Extrativa Mineral, houve alta de 0,82% no número de empregados (+1.423 vagas), em Serviços Industriais de Utilidade Pública, de 0,45% (+1.593 vagas), enquanto Administração Pública avançou 0,82% (6.150 postos) e Agropecuária, 0,71%, com 10.366 vagas.
Análise regional
Ainda segundo os dados do Caged, na análise regional, houve saldo positivo do emprego em 21 das 27 unidades federativas. Por outro lado, Alagoas, Pernambuco e Paraíba apresentaram as quedas mais acentuadas em março, de 6,12%, 1,28% e 1,35%, na ordem.. Nesses estados, o saldo de empregos ficou negativo em 17.803 vagas, 13.216 vagas e 4.017 vagas, respectivamente.
Quanto ao aumento do número de vagas criadas, destacam-se São Paulo (+125.189 ou 1,15% de expansão), Minas Gerais (+39.804 vagas ou 1,12%) e Rio Grande do Sul (+28.254 ou 1,27%).
Considerando as regiões, somente o Nordeste registrou variação negativa, com a extinção de 11.479 postos de trabalho (-0,22%). Já as demais regiões apresentaram alta: Sudeste (+191.019 postos ou +1,05%), Sul (+58.468 ou +0,95%), Norte (+8.194 ou +0,58%) e Centro-Oeste (+20.213 ou +0,82%).