Com crise, CEO e executivos do Goldman Sachs abdicam de bônus extras milionários

Estima-se que recompensa extra tenha sido de até US$ 70 milhões em 2007; medida semelhante foi tomada pela diretoria do UBS

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SÃO PAULO – Acostumados a receberem milhões em bônus ao final do ano, o CEO (Chief Executive Officer) do Goldman Sachs e mais seis de seus dirigentes abdicaram dos proventos adicionais neste ano, informou Lucas Van Praag, porta-voz do banco de investimentos no último domingo (16).

Os executivos também optaram por não receber bonificação em ações, em decisão tomada por espontânea vontade. Segundo Praag, “eles acreditam que seja a coisa certa a ser feita”. Além de Lloyd Blankfein, CEO do Goldman Sachs, a lista de executivos que abdicaram de seus bônus inclui o vice-presidente John Weinberg e o presidente financeiro David Viniar.

Cada um de tais diretores recebe um salário anual de cerca de US$ 600 mil, ao passo que no ano passado especula-se que o bônus concedido a Blankfein tenha sido entre US$ 54 milhões e US$ 70 milhões, tornando-o o sexto presidente mais bem pago entre as companhias integrantes do índice de ações Standard & Poor’s 500.

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UBS também abre mão de bônus
Medida semelhante foi tomada de comum acordo pela diretoria do UBS, respondendo a rumores que já circulavam no mercado. Assim como Blankfein, o CEO do banco suíço e mais todo seu conselho de diretores não receberam bônus referente ao exercício de 2008.

Segundo comunicado enviado pelo UBS ao mercado, demais funcionários ainda poderão receber alguma bonificação. O valor, no entanto, só será firmado após a divulgação de seus resultados acumulados do ano e após uma reunião com autoridades financeiras do governo suíço.

Decisões não são inéditas
As decisões não são inéditas. Ao final do ano passado, John Mack, CEO do Morgan Stanley, também abdicou de seus bônus, depois de seu banco de investimentos, à época, ter reportado o primeiro prejuízo trimestral de sua história. Mack deve anunciar sua decisão semelhante para este ano dentro de duas semanas.

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Na Europa, quem já se mobilizou frente à crise foi o Deutsche Bank. Seu CEO Josef Ackermann e outros dois executivos integrantes de sua diretoria também anunciaram em outubro que estavam abdicando de suas recompensas extras.