Coach descortina a diferença entre ser persistente e perseverante

Para presidente da Sociedade Brasileira de Coaching, diferença pode ser uma das explicações para fracasso de profissionais

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – A diferença entre ser persistente ou perseverante pode não ser clara para muitas pessoas, mas ela existe e pode ser uma das explicações para o fracasso de profissionais que têm de tudo para alcançar o sucesso.

De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Coaching, Villela da Matta, a persistência pode ser resumida por “fazer mais do mesmo para alcançar um resultado”, o que pode ser ruim ou bom, dependendo da situação.

“O profissional tem de ser muito persistente para aprender um outro idioma, para fazer um bom trabalho. Esse é o lado bom da persistência. O lado ruim é quando está querendo algo novo e quer trilhar um mesmo caminho. Persistir, neste caso, é burrice”, destacou o coach.

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Ele explicou que se torna “insanidade” quando o profissional deseja mais, mas continua persistindo na forma como realiza o trabalho, já que está trilhando caminhos que não estão trazendo resultados.

Perseverança e sucesso

Matta afirmou que o perseverante é flexível, porque busca mais soluções para atingir os seus objetivos. “Ele tem mais possibilidade de chegar ao resultado porque busca alternativas. Isso é fundamental porque o sucesso não é atingido num primeiro momento”.

Ele usou a Teoria de Darwin sobre a evolução das espécies para ilustrar a diferença de persistentes e perseverantes e como isso está relacionado ao sucesso. “A Teoria de Darwin diz que a espécie que tiver maior número de opções para interagir vai dominar o sistema”.

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Isso significa que a pessoa que tiver mais opções de caminhos a trilhar também pode atingir mais rapidamente aquilo que deseja. “Uma pessoa mais persistente não atinge resultado, ou não vai se perpetuar, porque não vai dominar o sistema”.

Tempo é vilão

Questionado sobre se ser persistente ou perseverante está relacionado ao perfil de uma pessoa, Matta afirmou que não. Para ele, existe uma tendência de os profissionais serem mais conservadores ou persistentes, com o passar do tempo. À medida que eles ganham experiências e vão tendo resultados positivos, mais insistentes ficam.

“Quando o ser humano vai envelhecendo, ele se liga a padrões passados, mas o mundo muda e é preciso ter novas abordagens”, explicou, completando que, ao contrário disso, o jovem é cada vez mais disposto a conhecer o novo.

Para reverter essa tendência natural, Matta afirmou que a pessoa deve se questionar sobre qual a meta na carreira e o caminho que está usando para atingi-la. “Se o profissional não sabe aonde quer chegar, não importa ser persistente ou perseverante, porque não conseguirá saber se está avançando”, finalizou.