Paralisação do 2º turno foi apenas parcial em São José dos Campos, diz GM

O Sindicato dos Metalúrgicos da região reclama que a montadora, até o momento, não comunicou oficialmente aos trabalhadores sobre a paralisação

Estadão Conteúdo

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A General Motors (GM) esclareceu nesta sexta-feira, 8, que as atividades do segundo turno da fábrica de veículos utilitários do complexo industrial de São José dos Campos, no interior paulista, foram paralisadas apenas parcialmente e não completamente como divulgado. Segundo a empresa, a paralisação nesse período atinge apenas os setores de montagem de veículos. As áreas de funilaria e pintura continuam funcionando. O Sindicato dos Metalúrgicos da região reclama que a montadora, até o momento, não comunicou oficialmente aos trabalhadores sobre a paralisação.

“Oficialmente, eles disseram que existem estudos para paralisar parcialmente, mas que não tomaram nenhuma decisão”, disse o presidente do sindicato, Antônio Ferreira Barros, o Macapá. Ele afirma que os trabalhadores souberam do corte na produção extraoficialmente. Segundo o dirigente, parte dos trabalhadores da linha de montagem paralisada foi transferida para o primeiro turno e outra está no grupo de 325 metalúrgicos que entram em lay-off (suspensão temporária dos contratos) a partir desta sexta-feira até agosto. Na unidade, há outros 473 funcionários em lay-off desde março.

O sindicalista reclama que, com a parada parcial do segundo turno, a empresa estaria obrigando os trabalhadores do primeiro tempo a fazerem quase duas horas extras. “Já falamos para eles que não vamos aceitar esse tipo de manobra”, afirmou. De acordo com Macapá, na quinta-feira, 7, os empregados já teriam feito uma hora e meia extra. O dirigente afirma que, com a parada, a produção de veículos foi reduzida em 50%, em média, na fábrica, onde a GM produz os modelos S-10 e Trailblazer. A empresa ainda não se pronunciou sobre as reclamações.

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A GM foi a segunda montadora a anunciar corte na produção ontem. A Volvo também comunicou à imprensa que irá encerrar, a partir de segunda-feira, o segundo turno da produção apenas de caminhões no complexo industrial Curitiba (PR), provocando excedente de 600 funcionários. Na unidade, a montadora afirma que tem cerca de 4,2 mil funcionários divididos em cinco fábricas, onde são produzidos caminhões, ônibus, motores, cabines de caminhões e caixas de câmbio.