CEO do Twitter recebeu salário de US$ 1,4 em 2018 – e isso foi um aumento

SÃO PAULO – O Twitter pagou ao seu CEO, Jack Dorsey, apenas US$ 1,4 de salário por administrar a rede social em 2018. Isto é, menos de 6 reais, pela conversão atual. Este valor ainda é maior do que o pago no ano anterior, quando Dorsey decidiu não receber nada.

Para completar, Dorsey também recusa, desde 2015, todos os outros benefícios e compensações que o Twitter oferece.

As informações foram publicadas em um relatório anual divulgado pela própria empresa na última segunda-feira (8). 

De acordo com o documento, o salário pago ao CEO é uma “prova de seu comprometimento e crença no potencial que o Twitter possui para a criação de valor no longo prazo.”

Isso não significa que Jack Dorsey é pobre. Seu patrimônio está listado no Índice de Bilionários da Bloomberg em US$ 5,53 bilhões. Ele possui mais de 16 milhões de ações do Twitter, de acordo com a Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos, e também trabalha como CEO na empresa de serviços financeiros Square, onde recebeu salário de US$2,75 no último ano.

A prática de recusar remuneração, ou ganhar apenas um valor simbólico, é comum entre grandes executivos do Vale do Silício.

Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, recebeu remuneração anual de apenas US$ 1 em 2018, o mesmo que Evan Spiegel, CEO da Snap. Elon Musk, CEO da Tesla, afirma que não receberá nenhum pagamento até que sua empresa possua valor de mercado de US$ 100 bilhões.

Em tese, esses salários baixos simbolizam que o CEO acredita na empresa e em seu plano de negócios.

Outros diretores do Twitter, no entanto, não adotaram a prática. Evan Williams, que também é um dos fundadores da rede social, recebeu remuneração total de US$ 275.000 em 2018.

Membros diretores como Martha Lane Foz, Patrick Pichette e Ngozi Okonjo-Iweala, terminaram o ano com ganhos de US$  295.000, US$ 305.000 e US$ 228.965, respectivamente.

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