Celular corporativo: mau uso pode ocasionar perda de credibilidade

Segundo gerente de telecomunicações, profissionais não têm bom senso ao usar e prejudicam a própria imagem

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Imagine que você trabalha distante do escritório durante todo o dia. Por isso, a empresa resolveu lhe dar um celular. Se você pensa que ele é mais um canal de relacionamento com amigos e familiares, está muito enganado. O mal uso do aparelho pode prejudicar sua carreira.

De acordo com o gerente de telecomunicações da Catho Online, Aílton Moreira, a maioria dos profissionais não tem bom senso quanto ao uso do celular corporativo e acaba por passar os limites dos gastos estipulados, o que traz conseqüências negativas.

“Se o profissional passar do limite, é apenas advertido pela empresa. Se acontecer muitas vezes e ele não souber se justificar, pode perder o benefício, o que complica seu próprio trabalho”, afirmou.

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Pontos negativos

O gerente aconselha ao profissional que use o aparelho apenas para fins comerciais. No entanto, o número do celular pode ser fornecido aos familiares mais próximos. Neste caso, deixe claro para o parente que só ligue em situações emergenciais.

“As empresas costumam detalhar as contas, por isso o profissional não deve ligar para amigos. Depois terá que explicar de quem é o número e perderá credibilidade”, disse.

Esta confiança perdida reflete em uma possível promoção na empresa. Segundo Moreira, caso tenham de escolher alguém para conceder algum benefício, não será aquela pessoa que não preza pelo patrimônio da empresa e que não sabe controlar os próprios gastos.

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Uso do aparelho

A melhor maneira de o profissional não passar dos limites é pedir a senha e login para consultar a conta on-line. Esses dados são concedidos pelas operadoras às empresas e podem ser usados pelo funcionário.

Quando perdido o aparelho, em alguns casos, o próprio profissional deve arcar com a reposição do celular. Por isso, é preciso muito cuidado com o patrimônio da empresa, para não causar impacto no bolso. Caso o celular seja roubado, a companhia somente concederá outro se apresentado o boletim de ocorrência. Tudo isso depende do termo de compromisso assinado pelo funcionário.

O uso do celular deve ser feito apenas em horário comercial ou quando o profissional estiver de plantão, momentos em que ele está ganhando para trabalhar. “Se ele deixar o celular ligado 24 horas por dia, a lei determinará que ele está trabalhando 24 horas por dia, porque está à disposição da empresa, mas muitas empresas não sabem disso”, disse Moreira.

Empresa

Antes de conceder o aparelho ao funcionário, Moreira aconselha que a companhia faça uma campanha educativa, para explicar o benefício e ainda passar uma idéia de custos. Deve-se mencionar quanto os profissionais poderão gastar por dia. Além disso, deve-se impor um sistema de controle que permita acompanhar o uso diário e limitar os valores.