Carreira: contratação de executivos se mantém em alta, mas deve cair

"Muitas empresas devem diminuir o ritmo dos processos de seleções", afirmou presidente da DBM, sobre efeitos da crise

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – No terceiro trimestre deste ano, a procura por executivos se manteve em alta, com crescimento de 50% em relação ao mesmo período do ano passado. Para o último trimestre do ano, por sua vez, deve-se esperar queda nas contratações destes profissionais.

“Muitas empresas devem diminuir o ritmo dos processos de seleções, mas não devem estancar definitivamente a abertura de vagas para seus quadros, pelo menos enquanto o ambiente econômico estiver incerto”, afirmou o presidente da consultoria DBM Brasil, Cláudio Garcia.

De acordo com estudo realizado pela consultoria especializada em gestão de capital humano, apenas em setembro último, houve procura por 1.860 executivos, o que representa um aumento de 79% e relação ao mesmo mês do ano passado.

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Destaques no trimestre

O setor de construção foi destaque em crescimento de contratações no terceiro trimestre do ano, com avanço de oito vezes em relação ao mesmo período do ano passado, sendo responsável por 7% de toda a demanda do período.

A surpresa ficou com o setor petroquímico. Até então tímido na contratação de executivos, ele foi responsável por 6% da demanda no período de julho a setembro deste ano, com crescimento também de oito vezes. “As recentes descobertas de novos campos de exploração de petróleo e gás natural promoveram reflexos para o segmento como um todo”, explicou Garcia.

Na comparação com anos anteriores, os setores de comércio e serviços são destaque em contratações, uma vez que, juntos, responderam por 29% da demanda por executivos no terceiro trimestre deste ano.

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Veja quais áreas dentro das empresas que mais contrataram no terceiro trimestre:

Setor financeiro

Estudo interno da DBM referente aos setores que mais desligaram executivos no terceiro trimestre deste ano revelou que a área financeira teve pequena retração (0,76%) em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, no próximo semestre, a diferença pode aumentar. A área ocupa a segunda colocação no ranking dos 20 setores que mais demitiram.

Em primeiro lugar nesta lista está a indústria farmacêutica – devido a fortes ajustes de portfólio de medicamentos -, seguida da área de produtos de consumo. Neste último caso, o motivo é a crise, que deve estar contraindo o varejo.

As áreas eletroeletrônica e serviços completam as cinco primeiras colocações no ranking de profissionais demitidos.