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SÃO PAULO – Pela primeira vez desde 2008, ano em que anunciou-se a fusão entre a InBev e a Anheuser Busch, o CEO da AB Inbev Carlos Brito ficou sem seu pacote milionário de bônus anual. Isso porque os resultados ajustados do quarto trimestre antes de juros, impostos, depreciação e amortização caíram para US$ 5,25 bilhões, ante expectativa de US$ 5,64 bilhões.
Em 2012, um momento em que esse pacote teria crescido consideravelmente, o Financial Times estimou que o bônus de Brito ficou em US$ 181 milhões – dentro do US$ 1,2 bilhão distribuídos entre os executivos mais altos da companhia. O pacote de incentivos de longo prazo acordado no momento da fusão incluía esses bônus por resultados, além de opções com vencimento em 2014 e 2019, disse o jornal à época.
Segundo informações da companhia, também ficou sem seu pacote de bonificações o diretor financeiro, Felipe Dutra. A AB InBev elevou em US$ 350 milhões sua meta de economia de custo a partir da aquisição da SABMiller, para US$ 2,8 bilhões dentro de três a quatro anos. Analistas, porém, esperavam anúncio de um aumento de US$ 600 milhões.
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“Se você é dono de uma padaria e não ganha nenhum dinheiro em um ano, você não recebe bônus — é a mesma situação”, disse o CEO Brito, em entrevista coletiva em Louvain, de acordo com a Bloomberg. Na ocasião, ele se comprometeu a apresentar resultados melhores para 2017.