Câmara estuda maneiras de reduzir desigualdade no mercado de trabalho

Para a ABRH, medidas que tratam sobre os problemas causados pela regionalidade no mercado não correspondem mais à realidade

Karla Santana Mamona

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SÃO PAULO – Tramitam na Câmara dos Deputados alguns projetos de lei que visam reduzir as desigualdades no mercado de trabalho brasileiro. Na semana passada, o presidente da Comissão de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, deputado João Maia (PR-RN), afirmou que as ações para reduzir as taxas de desemprego em regiões metropolitanas e cidades do interior serão a prioridade do colegiado.

“Nós vamos saber o que está acontecendo e o que pode ser feito para melhorar e não ficar só na formalidade”, disse, segundo a Agência Câmara. A comissão irá definir um cronograma de viagens pelo interior do País para identificar os principais problemas e discutir soluções com as populações de municípios pequenos.

Para o diretor Nacional da ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos), Luiz Edmundo, as medidas que tratam sobre os problemas causados pela regionalidade do mercado de trabalho não correspondem mais à realidade das empresas e dos trabalhadores. “O Brasil está passando por um período muito bom. Pela primeira vez, os principais setores da economia – agronegócio, serviços e indústria -, apresentam crescimento ao mesmo tempo. Existem oportunidades de emprego em todo o País”, disse.

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Ele acrescenta ainda que os representantes políticos deveriam discutir estas questões com os profissionais, com as entidades que os representam e com as empresas. “É importante ouvir as bases. Todos os anos, o Congresso discute vários projetos, alguns não são relevantes e muitos impactam no custo das empresas, e isso prejudica o emprego”, acrescentou.

Educação e qualificação
Para Edmundo, atualmente, o mercado de trabalho sofre com a falta de profissionais qualificados. “Todo o Brasil enfrenta o baixo índice de educação. Com isso, não é possível ter uma qualificação”, explicou.

De acordo com a ABRH, uma das maneiras de solucionar este problema é por meio da integração empresa-escola. Edmundo afirma que, hoje, não é mais possível que a empresa espere que o profissional qualificado “bata em sua porta” para entregar currículo.

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Segundo ele, é necessário que as empresas invistam tanto nas universidades como nas escolas. Estes programas devem incluir palestras, visitas tanto dos alunos na empresa como dos executivos no colégio, aulas práticas em laboratórios, entre outros.

“Projetos que já foram implementados são sucesso. O número de evasão dos alunos cai para quase 0%. A criação de cursos a quatro mãos permite que o aluno tenha um conteúdo atualizado, além disso, eles percebem a aplicação do teórico na prática. E o melhor de tudo é que estas pessoas conseguem um emprego”, esclarece. Dessa maneira, o problema é solucionado tanto para os profissionais como para as empresas.