Publicidade
SÃO PAULO – De 1985 a 2005, aumentou em sete vezes o número de trabalhadores terceirizados nas empresas do Estado de São Paulo. Em números, o total passou de 60.476 para 423.973. Por outro lado, diminui a parcela daqueles que recebem acima de seis salários mínimos para a prestação do serviço no período: em 85 a proporção era de 5,1%, passando para 17,8% em 95 e voltando ao patamar atingido dez anos antes, chegando a 5,7%.
Os dados constam em levantamento realizado pelo economista Márcio Pochmann, professor da Universidade de Campinas (Unicamp), a pedido do Sindicato dos Empregados em Empresas de Prestação de Serviços. O estudo mostrou também que houve diminuição no número de trabalhadores que ganham até dois mínimos: de 77,5%, em 85, para 58,8%, dez anos depois – uma queda de 18,7 pontos percentuais.
1995
Conforme mostrou o estudo, o melhor período para os trabalhadores terceirizados foi em 1995. Naquele ano, eram 39,6% ganhando até dois mínimos; 42,6%, entre três e cinco; além dos 17,8% que recebiam acima de seis.
Masterclass
O Poder da Renda Fixa Turbo
Aprenda na prática como aumentar o seu patrimônio com rentabilidade, simplicidade e segurança (e ainda ganhe 02 presentes do InfoMoney)
Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.
De uma maneira geral, a faixa de renda intermediária foi a que mais mudou no decorrer do período. “Na realidade, os maiores avanços em termos de remuneração dos ocupados ocorreram fundamentalmente na faixa de três a cinco salários mínimos”, contextualizou o economista no documento de divulgação do estudo.
Veja, na tabela abaixo, evolução do emprego informal, de acordo com a faixa de renda:
Ano | Até dois salários mínimos | Entre três e cinco mínimos | Acima de seis mínimos |
1985 | 77,5% | 17,4% | 5,1% |
1995 | 39,6% | 42,8% | 17,8% |
2005 | 58,8% | 35,5% | 5,7% |
Fonte: MTE, Sindeepres (Guias de contribuição sindical); CEF (Elaboração própria)