BRICs criam cinco vezes mais empregos em cinco anos, aponta Iedi

Entre 2000 e 2005, Brasil, Rússia, Índia e China abriram 22 milhões de postos de trabalho. Entretanto, a informalidade continua alta

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Entre os anos 2000 e 2005, os países conhecidos como BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China) criaram 22 milhões de novos postos de trabalho, o que representa cinco vezes mais do que as vagas abertas em toda a área da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) no período.

Apesar disso, as taxas de desemprego permaneceram elevadas nos quatro países: 9% no Brasil, 8,3% na China, 7,9% na Rússia e 6% na Índia. Os dados fazem parte da Carta do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) divulgada na última sexta-feira (24).

Informalidade

Além das altas taxas de desemprego, a informalidade também atinge os países do BRIC, sendo que o índice é de 45% do emprego total no Brasil, 53% na China e mais de 90% na Índia.

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Na Rússia, as estimativas disponíveis indicam que a informalidade é muito menor do que a observada nos demais países do grupo e situa-se em nível semelhante ao dos países da Europa Central e do Leste.

Outro ponto apontado pelo Iedi é que no Brasil, Índia e Rússia o subemprego permanece alto, atingindo mais as mulheres, nos dois primeiros países, e os trabalhadores mais velhos, no último.

Educação

No médio prazo, um desafio que os BRICs terão de enfrentar reside na melhoria significativa da qualificação dos trabalhadores, uma vez que, à exceção da Rússia, esses países apresentam níveis educacionais inferiores ao da média da OCDE.

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Em 2003, quase 90% dos jovens russos possuíam segundo grau completo, contra 73% da média da OCDE. Já o percentual de trabalhadores jovens (entre 24 e 34 anos) com formação universitária era de 55% na Rússia e 29% na OCDE.

No Brasil, 41% dos jovens entre 20 e 24 anos possuem segundo grau completo, mas apenas 7% dos trabalhadores entre 24 e 34 anos têm diploma universitário.

Na Índia, somente 21% dos jovens entre 20 e 24 anos possuem segundo grau completo. Já na China, um terço dos jovens têm formação secundária completa, mas apenas 5% completam os estudos universitários.