Brasileiro trabalha 40 minutos a mais em junho para comprar cesta básica

Jornada exigida subiu de 88 horas e 21minutos em maio para 89 horas e 01 minuto no mês passado, aponta Dieese

Welington Vital

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SÃO PAULO – Com a alta nos preços dos produtos da cesta básica verificada em 14 das 17 capitais analisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em junho, houve aumento de 40 minutos no tempo de trabalho necessário para comprar o conjunto de alimentos, se comparado ao tempo usado em maio.

Enquanto que, em maio, o trabalhador brasileiro que ganha o salário mínimo precisava de 88 horas e 21 minutos, em média, para adquirir produtos essenciais, em junho, a jornada exigida subiu para 89 horas e 01 minuto.

Em junho de 2011, a mesma cesta exigia 96 horas e 05 minutos de trabalho. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional da Cesta Básica, divulgada nesta quinta-feira (5).

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Mais tempo de trabalho em São Paulo

No mês passado, São Paulo foi a capital onde as pessoas mais precisaram trabalhar para comprar a cesta básica: 101 horas e 44 minutos – 1 horas e 24 minutos a mais do que no mês anterior. Em seguida, aparecem Porto Alegre (99 horas e 08 minutos) e Vitória (98 horas e 13 minutos).

As capitais onde as pessoas tiveram de trabalhar menos, na comparação com as demais cidades, no mês passado, foram Aracaju (70 horas e 38 minutos), Salvador (75 horas e 25 minutos) e João Pessoa (81 horas e 12 minutos).

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Ranking
Confira, na tabela abaixo, o tempo de trabalho necessário para a aquisição da cesta básica em maio, por capital:

Posição Cidade Horas trabalhadas
São Paulo 101h44m
Porto Alegre 99h08m
Vitória 98h13m
Manaus 96h49m
Rio de Janeiro 95h38m
Belo Horizonte 94h03m
Curitiba 92h40m
Florianópolis  92h
Brasília 91h51m
10º Belém 89h28m
11º Goiânia 86h19m
12º Fortaleza 83h22m
13º Natal 82h53m
14º Recife 81h52m
15º João Pessoa 81h12m
16º Salvador 75h25m
17º Aracaju  70h38m