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Brasileiro destinará 39,72% de sua renda para pagar impostos este ano

Apesar da alta carga tributária, as famílias brasileiras destinam 31% da renda para pagar serviços particulares básicos

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – De acordo com estudo divulgado na sexta-feira (19) pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), em 2006, o brasileiro terá que trabalhar 145 dias (4 meses e 25 dias) somente para pagar impostos, o que comprometerá 39,72% de sua renda anual.

A porcentagem da renda destinada ao pagamento dos impostos cresce a cada ano: em 2003, o contribuinte brasileiro teve que destinar em média 36,98% do seu rendimento bruto para pagar a tributação. Em 2004, comprometeu 37,81%, e em 2005, destinou 38,35%.

Mexicanos trabalham 91 dias

Na comparação da quantidade de dias trabalhados pelos brasileiros para engordar os cofres dos governos com outros países, percebemos que apenas os franceses (149 dias) e os suecos (185 dias) têm impostos mais pesados.

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Os mexicanos, por sua vez, comprometem 91 dias de trabalho para o pagamento de tributos. Já os chilenos, argentinos e norte-americanos têm que trabalhar um pouco mais: 92, 97 e 102 dias, respectivamente.

Gastos com serviços privados

Apesar da alta carga de impostos paga, as famílias brasileiras têm que gastar cada vez mais com serviços privados por conta da deficiência na prestação dos serviços públicos. E os gastos privados com educação, saúde, segurança e previdência vêm se acentuando ano a ano.

Uma família de classe média (R$ 3 mil a R$ 10 mil de renda mensal), composta por um casal e dois filhos, terá que destinar 31%, ou 113 dias trabalhados em 2006, para efetuar o pagamento destes serviços.

Na década de 70, apenas 7% (25 dias) eram destinados a tais gastos. Já na década de 80, 12% (44 dias) da renda eram comprometidos, contra 14% (51 dias) em 1990 e 24% (88 dias) no ano 2000.

Entenda os impostos

A tributação incidente sobre os rendimentos (salários, honorários etc.) é formada principalmente pelo Imposto de Renda Pessoa Física, pela contribuição previdenciária (INSS, previdências oficiais) e pelas contribuições sindicais.

Além disso, o cidadão paga a tributação sobre o consumo – já inclusa no preço dos produtos e serviços – (PIS, COFINS, ICMS, IPI, ISS etc) e também a tributação sobre o patrimônio (IPTU, IPVA, ITCMD, ITBI, ITR).

E por fim, arca ainda com outras tributações, como taxas (limpeza pública, coleta de lixo, emissão de documentos) e contribuições (iluminação pública etc).