Brasil estagna em ranking anual de desigualdade de gênero

Segundo Relatório do Fórum Econômico Mundial, o Brasil subiu apenas cinco posições desde 2006. Já na América Latina, o progresso foi de 70%

Luiza Belloni Veronesi

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SÃO PAULO – Enquanto o Brasil estagnou na 62ª posição no Relatório Global sobre Desigualdade de Gênero 2013, do Fórum Econômico Mundial, a desigualdade na América Latina e no Caribe diminuiu 70% desde que o estudo foi lançado, em 2006. O percentual é mais alto que em qualquer outra região. 

A oitava edição anual do relatório classificou 136 países em função de suas capacidades em reduzir a desigualdade de sexo nas áreas consideradas “chaves” para o progresso: saúde e sobrevivência (salários, participação e empregos de alta qualificação), acesso à educação (acesso ao ensino de base e superior), participação política (representação em estruturas de tomada de decisões) e igualdade econômica (expectativa de vida e proporção entre sexos).

Nicarágua foi considerado o país mais avançado da região em termos de igualdade entre homens e mulheres. Ele ficou na 10ª posição, com uma nota de 0.7715 no ranking global. Cuba, país com a porcentagem mais elevada de representação feminina no parlamento, chegou ao 15º lugar. Outro destaque da América Latina foi o México, que subiu 16 posições e alcançou 68º lugar em apenas um ano. O ranking mundial é liderado pela Islândia, Finlândia, Noruega, Suécia e Filipinas.

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Já o Brasil não alterou sua posição desde a última edição do relatório, com uma leve melhora na pontuação geral, passando de 0.6909 para 0.6949 pontos. Na comparação com os últimos anos, o País tem mostrado um avanço significativo. Em 2010, estava na 85ª posição e, em 2011, passou para 82ª. Contudo, na comparação com o primeiro ano do estudo, 2006, o Brasil subiu apenas cinco posições.

No mundo
Em termos globais, o relatório constatou que, em 2013, 86 países apresentaram melhoras na desigualdade de gênero. No setor da educação, essa desigualdade desapareceu totalmente em 25 países. Ainda houve uma redução de 2% na desigualdade na participação política. “Tanto nos países emergentes como em desenvolvidos há poucas mulheres ocupando cargos de líderes econômicos, face ao número de mulheres no ensino superior e no mercado de trabalho em geral”, ressaltou o relatório.

“É imprescindível que os países comecem a desenvolver uma visão diferente do capital humano – inclusive na maneira como impulsionam as mulheres para os postos de líderes. Esta revolução mental e prática não é uma meta para o futuro, é um imperativo para hoje”, afirmou o fundador e presidente do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab.