Brasil está entre os países com pior reajuste do salário mínimo da América Latina

Porém, relatório da OIT elogiou a política de reajuste do salário mínimo adotada no governo Lula e ainda vigente no governo Dilma

Welington Vital

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São Paulo – Entre os países da América Latina, o Brasil ficou entre os que apresentaram o pior reajuste do salário mínimo em 2011, segundo revela relatório da OIT (Organização Internacional do Trabalho), divulgado nesta quinta-feira (12).

O aumento real do mínimo no Brasil ficou em 1,4%, bem abaixo da média geral dos países da América Latina, que foi de 7,1%.

No entanto, foi a Colômbia que registrou o reajuste mais baixo, de apenas 0,2%.

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Por outro lado, a Argentina foi o país que apresentou maior reajuste, de 22,4%, e também foi o que exerceu mais impacto na média geral, que, sem ele, cairia para 2,9%. Em seguida, aparecem Honduras e Uruguai, onde o aumento do salário mínimo foi de 17% e 16,4% respectivamente.

Política de reajuste do salário mínimo
Apesar do baixo reajuste do mínimo no Brasil, comparado aos demais países da América Latina, o relatório elogiou a política de reajuste do piso salarial adotada no governo Lula e ainda em vigor no governo atual da presidente Dilma Rousseff, que leva em consideração a variação da inflação e o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), para repor o poder de compra dos brasileiros.

O relatório mostra que, em sete anos do governo Lula (2003-2010), o salário mínimo cresceu, em média, 5,8% no ano, com a adoção desta política, atingindo um incremento real acumulado de quase 60%. No mesmo período, o PIB (produto interno bruto) aumentou 4% ao ano, em média, ao passo que o PIB per capita avançou a um ritmo menor, de 2,3%.