[BRADESCOPJ] Empresário: não perca funcionários talentosos em época de crise

No fim da crise, haverá uma diferença nítida entre empresas que se preocuparam em reter talentos e as que se perderam

Equipe InfoMoney

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Sem dúvida, existe um grande número de profissionais no mercado de trabalho. Porém, faltam pessoas com as competências técnicas e comportamentais necessárias, principalmente para ocupar cargos-chave. A falta de qualificação e preparo é uma realidade em todas as áreas de atuação.

Baseando-se nesse fato, diminuir o turnover (rotatividade de funcionários) e manter a motivação da equipe são tarefas difíceis. Ainda mais em uma época de crise global. Muitas empresas já estão sendo obrigadas a fazer verdadeira “ginástica” no orçamento para não perder seus talentos, de acordo com a consultora de desenvolvimento organizacional da Caliper, Luciana M. da Cunha Zonta.

O que fazer

É importante que a empresa conheça o potencial de cada funcionário do seu quadro. Para tal, os avaliadores precisam ser francos, objetivos e imparciais. O segundo passo é a análise desse potencial. Ele está de acordo com as atividades desempenhadas pelo profissional? “Caso a resposta seja negativa, é preciso verificar qual área e função mais condizem com os pontos fortes de cada um da equipe”, diz Luciana.

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É possível que, ao cruzar as competências de cada um com as funções exercidas, o líder se depare com pessoas cujas funções são simples demais para suas capacidades e com outras que estão devendo e ainda precisam se desenvolver. No primeiro caso, é vital oferecer a esse funcionário novos desafios, se quiser retê-lo.

“A iniciativa de realocar determinados funcionários para uma área na qual eles se sintam mais gratificados provavelmente ajudará na retenção desses talentos por mais tempo na empresa. Além disso, essa ação pode fazer com que eles se sintam mais confiantes, produzindo mais e melhor. Sem dúvida, é um diferencial em época de crise. As empresas que saírem na frente, no que se refere ao desenvolvimento e à retenção de talentos, terão significativas vantagens competitivas no mercado”.

Motivação

A próxima questão importante é a motivação dos funcionários. “Uma boa opção é promover cursos de reciclagem sobre assuntos diretamente relacionados à área de atuação do profissional. Pode ser estimulante capacitar os talentos que demonstram apreciar a orientação e o treinamento, assim como solicitar o apoio destes para multiplicar os cursos entre os demais integrantes da equipe, otimizando custos, o que se tornou vital perante a crise”, afirma a consultora da Caliper.

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Outro ponto a ser focado: o plano de cargos e salários oferecido pela empresa, fator essencial no desenvolvimento de carreira desses talentos. O diretor de Operações da Human Brasil, Fernando Montero, explica que as pessoas se sentem motivadas quando há um objetivo a ser perseguido. Por isso, elas necessitam de um plano colocado no papel, que estabeleça prazos para atingir cargos mais altos, conforme os resultados determinados (e esclarecidos) pela companhia são alcançados.

Profissionais que desconhecem seus objetivos, os objetivos da empresa e, ao mesmo tempo, não vislumbram uma perspectiva concreta de crescimento, se sentem perdidos, sem uma direção a seguir. O resultado mais provável é a falta de motivação e a fuga para a concorrência.

“Quanto mais a instituição reconhecer e valorizar o amadurecimento profissional de seus colaboradores, mais eles tendem a demonstrar vontade para se desenvolver e encarar novos desafios, mostrando satisfação ao longo de sua jornada na empresa”, garante Luciana.

Qualidade de vida

Um dos pontos de maior preocupação dos profissionais hoje, além do salário e dos benefícios, é a qualidade de vida. No fim desta crise, haverá uma diferença nítida entre as empresas que se preocuparam em reter seus talentos e aquelas que se perderam em meio à turbulência nas finanças.

Muitas empresas estão retendo seus talentos lançando mão de programas de qualidade de vida, cuidando da saúde física e mental de seus colaboradores. Elas realizam campanhas contra a gripe, a rubéola e a dengue; oferecem ginástica laboral (atividade de alongamento, flexibilidade e tonificação, que previne lesões nas articulações, exercita a forma correta de se sentar, trabalha a postura e combate o estresse, tendo duração média de 15 minutos); e promovem eventos recreativos e de integração fora da empresa.

Em resumo, essas são algumas dicas para quem não quer perder seus talentos, apesar de todos os problemas que certamente as empresas brasileiras irão vivenciar no próximo ano. Que tal colocá-las em prática?