Bradesco avalia que reajuste salarial na China não afetará competitividade do país

Corretora acredita que elevação da renda favorecerá novas oportunidades de negócios ao alterar consumo da família chinesa

Paula Barra

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SÃO PAULO –  A Bradesco Corretora considerou que a elevação dos salários na China em torno de 20 a 30%, conforme divulgado pelo governo chinês, não irá afetar a competitividade do país no mercado internacional. Além disso, a ampliação dos rendimentos deverá implicar em uma diversificação na cesta básica dos alimentos e um aumento na demanda por serviços.

De acordo com a analista Fabiana D’Atri, a crescente preocupação mundial sobre as transformações internas na China decorrentes desses ganhos de renda e o potencial de exportação de inflação para o mundo devem ser amenizadas, pois “esses custos mais elevados têm sido e continuarão compensados por ganhos de produtividade, que mesmo crescendo a taxas cada vez menores, ainda têm espaço para acontecer”, pondera Fabiana, em relatório.

Além disso, a corretora aponta que a migração das indústrias para regiões localizadas no interior do país vai ganhar força, visto que importante parcela dos imigrantes vem dessas regiões, com remunerações menores. Adicionalmente, a analista ressalta que “ampliar o consumo como proporção do PIB (Produto Interno Bruto) não necessariamente invalida a expansão dos investimentos.”

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Por fim, o anúncio do vice-ministro do Ministério de Recursos Humanos e Seguridade Social, Yang Zhiming, sobre a intenção do governo de elevar a renda dos chineses em torno de 15% ao ano até 2015 estão em linha com a estratégia de ampliação do consumo doméstico, reforçaram a perspectiva favorável do banco para o reajuste, já que “a infraestrutura urbana e logística deverá ser compatível com novos possíveis padrões de consumo e novas necessidades de mobilidade nas cidades e no interior do país”, concluiu a analista.