Boatos e desconfianças prejudicam o dia-a-dia das empresas

Profissionais ficam sabendo por um terceiro que a empresa será comprada; que um departamento será fechado; e por aí vai

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – “O que a gente mais recebe aqui, quando realizamos entrevistas de emprego, são profissionais insatisfeitos com o emprego atual. É muita gente infeliz, porque não há transparência nas empresas. A comunicação é ruim e falta clareza. Algumas pessoas chegam aqui reclamando que ficaram sabendo de um colega do mesmo departamento que ganha mais, por exemplo”, conta o gerente da Page Personnel, Igor Schultz.

Ele conta que, para evitar isso, há empresas disponibilizando, na intranet, todos os cargos e salários dos funcionários. “Isso evita queda na produtividade”, garante.

Boatos

Mas engana-se quem pensa que as desconfianças e os boatos dizem respeito apenas aos salários. São diversas as situações: as pessoas ficam sabendo por um terceiro que a empresa será comprada; que um departamento será fechado; que a diretoria irá mudar; que fulano será demitido; e por aí vai.

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Muitas das hipóteses que são divulgadas são verdadeiras. A questão é que elas causam falta de motivação, queda na produtividade, conflitos e demissões voluntárias.

“No lugar de pensar no trabalho, os colaboradores ficam pensando no boato. Como alguém irá trabalhar se não sabe nem quem será seu chefe amanhã? Toda vez que os objetivos da empresa não são claros, há uma queda na produtividade”, afirma o gerente da Page Personnel.

Se a comunicação interna não fosse essencial para a sobrevivência das empresas nos dias de hoje, provavelmente as grandes corporações não teriam um departamento voltado unicamente para ela.

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“Quando a empresa toma ou está prestes a tomar decisões estratégicas, que envolvem muitas pessoas, ela deve comunicar a todos o mais rápido possível. O gestor precisa ter sensibilidade e se preocupar em como a mudança será aceita”, aconselha.

E se a empresa não se preocupa com isso?

Cabe ao líder estabelecer uma comunicação clara e comunicar as decisões importantes, mas se ele não fizer isso, é recomendável simplesmente perguntar. É melhor tirar a dúvida logo do que prolongar a situação angustiante.

“Se a comunicação não é boa de cima para baixo, então vamos tentar de baixo para cima”, explica Schultz. “Converse com seu superior e tente ser o mais transparente possível. Conte o que ouviu falarem, o que está pensando e por que está insatisfeito“.

“O líder deve dar abertura para seus funcionários em prol da comunicação clara. Os colaboradores de uma empresa precisam ser tratados como acionistas. Doa a quem doer, o melhor é não deixar espaço para os boatos”, completa.