Bill Gates diz estar otimista com 2018 – e explica o por que

SÃO PAULO – Uma das pessoas que se mostram otimistas com 2018 é o bilionário Bil Gates. Em um recente post publicado em seu blog pessoal, ele relembra acontecimentos dos últimos anos que tornaram “mais difícil manter otimismo”: furacões nas Américas, tiroteios em massa, crise no Myanmar, guerras civis na Síria e Iêmen, entre outros.

Entretanto, por mais difíceis que eles possam ter sido, ele afirma que ocorreram “em um contexto de maior positividade” e que, no geral, o mundo está ficando melhor.

“Essa não é uma visão otimista e ingênua, ela é baseada em dados. Basta olhar o número de crianças que morreu antes de seu 5º aniversário. Desde 1990, esse número foi reduzido pela metade, o que significa que 122 milhões de crianças foram salvas em um quarto de século”, escreveu.

Ele ainda lembra outros motivos e razões que levam a crer que, de fato, o mundo está ficando melhor: em 1990, mais de um terço da população global vivia em extrema pobreza e, hoje, somente um décimo o faz. Um século atrás, a homossexualidade era legalizada somente em 20 países; hoje, esse número já ultrapassa 100. Mais de 90% das crianças do mundo estão matriculadas nas escolas. “E por aí vai”, diz.

Ele atribui parte do negativismo com o mundo no geral à reação das pessoas às notícias ruins, que geralmente criam um drama. “Também existe uma lacuna cada vez maior entre as tragédias que ainda acontecem e a tolerância que temos sobre elas. Mas porque as melhorias não acompanham nossas expectativas, pode parecer que as coisas estão ficando pior”, escreveu.

Gates explica que ser otimista não significa ignorar as tragédias e injustiça, mas sim que está inspirado a buscar pessoas atingindo o progresso nessas frentes e “ajudar a espalhar” esse progresso. Diz ainda que esse é o objetivo principal da Bill & Melinda Gates Foundation. “Quando você vê coisas boas acontecendo, você canaliza sua energia a criar ainda mais progresso”.