Bancos adotam finais de semana de folga para evitar fuga de jovens executivos

A estratégia foi anunciada no meio do ano passando, época que um estagiário de 21 anos do Bank of America morreu após trabalhar por três dias seguidos

Luiza Belloni Veronesi

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SÃO PAULO – Antes incentivados a trabalhar sob constante pressão e acumular horas extras em finais de semana e feriados, hoje jovens executivos de grandes bancos americanos estão vivendo o inverso. Nos últimos meses, Bank of America, Goldman Sachs, Credit Suisse e outros de Wall Street estão assegurando finais de semana de folga aos seus estagiários e analistas.

Segundo o The New York Times, a nova carga horária começou a ser repensada e adotada no meio do ano passado, época que um estagiário de um escritório do Bank of America em Londres morreu de ataque epilético após trabalhar por três dias seguidos.

A mudança também reflete a realidade do mercado de trabalho americano. De acordo com a publicação, Wall Street deixou de ser a primeira escolha de estudantes e graduados de finanças. Em seu lugar, os jovens são atraídos para empresas de tecnologia, como Google, Twitter e Facebook, que muitas vezes, oferecem regalias, flexibilidade no trabalho e grandes salários.

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“Queremos que eles sejam desafiados, mas também queremos que trabalhem em um ritmo possível de manter e aprender habilidades importantes”, disse o co-presidente da divisão de Investimentos do Goldman Sachs, David M. Solomon, ao anunciar a mudança de carga horária, juntamente com outras iniciativas.

Em janeiro, o Bank of America também anunciou que seus executivos júnior devem tirar quatro dias por mês em finais de semana. Já o Credit Suisse e o Citigroup estabeleceram folgas aos sábados. O Goldman Sachs recomendou aos seus analistas tirarem os finais de semana sempre que possível e o JPMorgan Chase anunciou que sábado e domingo estarão “protegidos” aos funcionários jovens todos os meses.