Bancários querem reajuste salarial de 11,93% e melhores condições de trabalho

Na próxima terça-feira (30), os representantes dos bancários entregam à Fenaban os itens da Campanha Nacional da categoria

Gladys Ferraz Magalhães

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SÃO PAULO – Na próxima terça-feira (30), os representantes dos bancários entregam à Fenaban (Federação dos Bancos) os itens da Campanha Nacional da categoria, definidos no último domingo (21).

De acordo com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, entre as principais reivindicações estão reajuste salarial de 11,93% (que considera reposição da inflação mais aumento real de 5%, acima da inflação), piso salarial no valor de R$ 2.860,21 e PLR (três salários base mais parcela adicional fixa de R$ 5.553,15).

A categoria também pede melhores condições de trabalho, com o fim das metas individuais e abusivas, além da valorização dos vales refeição e alimentação no valor de um salário mínimo (R$ 678,00).

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“Não é justo que os executivos de bancos ganhem até R$ 8 milhões ao ano enquanto os trabalhadores tenham piso de R$ 1.519,00. Temos que valorizar os salários e reduzir essa diferença”, disse a presidente do Sindicato, Juvandia Moreira, que completou: “Estamos reivindicando não só o aumento do salário, mas melhores condições de trabalho. O bancário não pode mais conviver com essa pressão para a venda de produtos e com metas abusivas, impostas pelos bancos.”

Bancos X Bancários
Os bancários são umas das poucas categorias no país que possui CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) com validade nacional. Dessa forma, os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país.

Segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o maio do país, com 141 mil trabalhadores, no Brasil, são cerca de 500 mil bancários. Nos últimos nove anos, a categoria conseguiu aumento real de 16,22%, sendo 1,50% em 2009; 3,08% em 2010; 1,50% em 2011; e de 2% no ano passado.

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No que diz respeito ao lucro líquido dos cinco maiores bancos atuantes no país (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú-Unibanco e Santander), de acordo com o Sindicato, nos três primeiros meses do ano, este atingiu a marca de R$ 11,8 bilhões. Os ativos e operações de crédito expandiram 16,6% e 19,2%, respectivamente, em relação a março de 2012, com os ativos somando R$ 4,2 trilhões.

Procurada, até a publicação desta matéria, a Fenaban não tinha um posicionamento sobre o assunto.