Bancários fazem paralisação nesta quinta-feira contra demissões do Santander

De acordo com uma pesquisa do Dieese, até setembro, o banco fechou 3.414 postos de trabalho

Karla Santana Mamona

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SÃO PAULO – Para protestar contra as demissões do banco Santander, a Contraf-CUT (Confederação Nacional de Trabalhadores do Ramo Financeiro) afirmou que os bancários farão nesta quinta-feira (19) uma paralisação de agências em diversas cidades do País. A iniciativa foi intitulada “Dia Nacional de Luta no Santander”.

De acordo com uma pesquisa do Dieese, até setembro, o banco fechou 3.414 postos de trabalho. Entre setembro de 2012 e 2013, a redução foi de 4.542 empregos, uma queda de 8,2% no quadro de funcionários.

“O Santander é hoje o banco que mais está demitindo no Brasil e, com essa mobilização, esperamos que o banco abra negociações com o movimento sindical para discutir uma política de emprego, porque esse modelo de gestão prejudica as condições de trabalho e piora o atendimento aos clientes”, afirma o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

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A Contraf-CUT afirma ainda que para o Santander, as demissões são normais, mas para os bancários são injustificáveis. “Enquanto isso, o Santander engordou a remuneração dos altos executivos”, denuncia Ademir. Segundo estudo do Dieese, entre 2010 e 2013, o ganho médio anual de um diretor do banco aumentou 67% no Brasil, chegando a R$ 7,915 milhões.

Carta
Como parte do protesto, os bancários distribuirão uma carta aberta aos clientes e usuários do banco. Na carta, os trabalhadores afirmam que com tantas demissões, faltam cada vez mais funcionários nas agências, causando sobrecarga de serviços, assédio moral, estresse, insegurança e adoecimento, piorando as condições de trabalho e prejudicando a qualidade de atendimento aos clientes.

“Pioraram até os serviços de limpeza, uma vez que para reduzir custos as agências passaram a ter somente algumas horas de faxina por dia”, completa a carta. 

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