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SÃO PAULO – De acordo com o professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Gaudêncio Frigotto, os baixos salários pagos pelas empresas brasileiras desestimulam os jovens a se especializarem profissionalmente.
“A maior parte dos empregos oferece salário abaixo das expectativas do jovem de nível técnico, que não aceita receber pouco, visto que se especializou”, argumenta o especialista.
Evasão escolar
Além disso, a falta de boas perspectivas faz os jovens deixarem a escola antes de concluir o ensino médio ou, então, a não procurarem por escolas que os preparem para o mercado de trabalho.
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Segundo Frigotto, somente 45% dos jovens de 17 a 19 anos fazem o nível médio na idade certa. “Se os trabalhos remunerassem melhor, a economia cresceria e empregos seriam gerados”, disse.
Para o professor, o ensino profissionalizante deve ser complementado por uma série de conhecimentos científicos, tecnológicos, culturais, sociais e políticos, passados na educação básica.
MEC quer criar fundo para ensino técnico
Conforme divulgou a Agência Brasil, o Ministério da Educação (MEC) estuda a possibilidade de criar um fundo para financiar as redes federal, estadual e municipal de ensino técnico.
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O Fundep, como seria chamado, seria uma forma de investir no ensino profissionalizante e melhorar a infra-estrutura das redes de ensino. De acordo com o secretário de educação profissional e tecnológica da entidade, Eliezer Pacheco, a origem dos recursos ainda está em debate.
Essas e outras questões foram discutidas durante a 1ª Conferência Nacional de Educação Profissional e Tecnológica, encerrada na última quarta-feira (08).