Autor aponta as miragens que profissional pode ter e os efeitos para a carreira

A primeira delas é a que diz que "o melhor ataque é a defesa". O resultado: a acomodação, que implica não se desenvolver

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – O consultor Roberto Adami Tranjan escreveu em seu livro “Rico de Verdade”, que o ser humano vive impulsionado por miragens. “Reagimos não ao mundo, mas às nossas miragens. Somos, portanto, reféns das nossas miragens. Miragens são como bolas de ferro amarradas às nossas pernas”, explica.

Segundo disse, estas miragens são percebidas, em alguns momentos, mas poucos têm força para mudar as atitudes perante a elas. Um exemplo de miragem, de acordo com ele, é de que “o melhor ataque é a defesa”.

Se a atenção do profissional se voltar para as ameaças do mercado – perder o emprego, ser substituído, ter fracasso em um projeto -, a mente será tomada pelo pensamento de preservação e de autodefesa. O resultado disso: acomodação, o que implica não correr riscos. Caso a atenção esteja nas oportunidades, o conjunto de pensamento se altera e a criatividade aflora.

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Outras miragens

Ainda existe, de acordo com o consultor, a miragem do “leite das crianças”, em que a pessoa se esforça, além da conta, para manter a sobrevivência. “Quem luta pela sobrevivência não pensa em outra coisa. Uma armadilha mortal, portanto”, diz o livro.

Outra miragem é a de “ser o número um”, que força a pessoa a combater os adversários e se distrair do foco principal. “Tal procedimento acontece mais pelo instinto de competição ou ânsia de eliminar o concorrente do jogo do que pelo saudável anseio de sair em busca de resultados que levem à riqueza”. Essa competição pode emergir dentro de uma empresa, com o líder desconfiando do liderado e os funcionários competindo friamente em busca de recompensas por resultados.

O autor ainda cita a miragem da agenda lotada, em que as pessoas se atolam de compromissos, crentes de que estão produzindo, mas, na verdade, estão apenas se movimentando. “Movimento é uma ocupação que não gera resultados”.

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Controle, dinheiro, o futuro

A miragem de que “o porco só engorda sob o olhar do dono”, outra apontada por Tranjan, diz respeito ao fato de que os controles, em excesso, criam bloqueios.

Há, ainda, a miragem de que “o dinheiro compra tudo”, em que a pessoa fica vidrada apenas nos números. Para esses profissionais, o consultor explica que é preciso atentar aos números, mas são nas pessoas que estão os recursos geradores de riquezas.

Por último, mas não menos importante, Tranjan cita a miragem do “paraíso futuro”, que nada mais é do que uma vida profissional dedicada à espera. “Muitos exageram e colocam suas atenções mais no futuro do que no presente e se deixam levar por essa miragem. Perdem-se em projetos mirabolantes, estimativas e elucubrações inúteis enquanto desperdiçam a riqueza que existe no presente. Buscam o prêmio sem ter feito a aposta”, finaliza o consultor.