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SÃO PAULO – O aumento do salário mínimo para R$ 407 no próximo ano, de 7,2%, é o menor desde o início do governo Lula. Isso porque o reajuste foi de 8,3% em 2004, de 15,3% em 2005, de 16,66% em 2006 e de 8,5% este ano.
Conforme divulgou a Agência Brasil, o percentual que serviu de parâmetro para a proposta do orçamento do próximo ano foi definido com base nas regras criadas no final do ano passado pelo governo, pelas centrais sindicais e por representantes dos empresários.
Segundo o acordo, até 2011, o salário mínimo será reajustado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), somado com a variação do Produto Interno Bruto (PIB) per capita – total da riqueza produzida no país dividido pelo total de habitantes – de dois anos antes do aumento.
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Teste para o Congresso
Para o diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese), Clemente Granz Lúcio, o novo valor do salário mínimo representa o grande teste para o cumprimento do acordo acertado entre o governo e as centrais sindicais.
“O teste começa agora, mas a expectativa é de que os acertos constituídos com antecedência repercutam entre os deputados e senadores”, afirma Lúcio.
Além disso, o diretor-técnico reconhece que, após o acordo, o salário mínimo subirá com menos vigor que nos últimos anos. “No entanto, a nova política representa a garantia de que, a médio prazo, o mínimo continuará a subir mais que a inflação”.
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Valor insuficiente
De acordo com o presidente da Confederação Brasileira de Aposentados, Pensionistas e Idosos (Cobap), Benedito Marcílio, o valor de R$ 407 para o salário mínimo é insuficiente para atender às necessidades dos trabalhadores e aposentados.
“A própria Constituição estabelece que o mínimo deve cobrir plenamente as necessidades de uma família com saúde, comida, habitação, transporte, educação, lazer e previdência social”, ressalta, apontando que o atual mínimo deveria ser pelo menos dobrado, para cumprir a Constituição.
Para o presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo (STIEESP) e vice-presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Antônio Carlos dos Reis, antes de fechar qualquer valor em relação ao salário mínimo de 2008, é preciso averiguar a taxa inflacionária do período.