Aumento de salário obrigatório é diferente em cada país, revela Mercer

No Brasil, eles se tornam obrigatórios a partir de negociação com sindicato da categoria ou de classe

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Uma pesquisa realizada pela Mercer mostrou que os aumentos salariais obrigatórios diferem entre os países. No Brasil, eles se tornam obrigatórios após negociação com os sindicatos da categoria ou de classe, não de forma automática.

Porém, na maioria dos países da América do Norte e do Sul, não existem aumentos salariais obrigatórios. Na Colômbia, eles acontecem apenas para quem recebe o salário mínimo do país. Nos Estados Unidos, por sua vez, aos não sindicalizados, o contrato de trabalho pode ter um dispositivo de aumento de salários obrigatório.

Já na Europa os aumentos salariais são ditados por convenções coletivas de trabalho, como na Finlândia, Alemanha e Suécia. Na Ásia-Pacífico, não há essa obrigatoriedade na maioria dos países, somente na Malásia, onde é exigido para trabalhadores sindicalizados e de produção.

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Multinacionais
De acordo com a diretora da Mercer, Rebecca Powers, essas diferenças de remuneração são um desafio para as multinacionais, que devem conciliar a estratégia da empresa com as práticas locais.

“Quando as práticas de remuneração são obrigatórias, não há nada a fazer senão obedecer, porém, quando a estratégia de remuneração de uma empresa colide com a típica prática local, a empresa deve estudar como cada abordagem irá posicioná-la no mercado local. Embora muitas das vezes seja melhor adaptar-se à abordagem local, existem ocasiões em que seguir a estratégia global pode diferenciar uma empresa e torná-la especialmente atraente para os empregados mais desejáveis”.

Variáveis
Além dos aumentos salariais obrigatórios, os países definem outros tipos de remuneração. Na maioria dos países da América do Sul e Norte, por exemplo, é obrigatório o pagamento de um décimo terceiro salário, adicional de férias ou participação em lucros.

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No Brasil, é exigido que as empresas paguem um décimo terceiro salário e adicional de férias, além do auxílio transporte – reembolso de transporte coletivo ou ajuda de custo de automóvel.

Na Europa, em países como Itália, Portugal e Espanha, é obrigatório o pagamento de salário adicionais, chegando a até um décimo quarto salário, como na Ásia-Pacífico. Já na Bélgica, França e Noruega, é obrigatório o auxílio de transporte.