Aumenta o medo do brasileiro de perder o emprego

O sentimento de perder o emprego apresentou a maior alta porcentual (5,76%) entre as pessoas que estudaram até a quarta série do ensino fundamental

Estadão Conteúdo

Pessoa desocupada
Pessoa desocupada

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Apesar da euforia com a realização da Copa no País, o brasileiro está mais temeroso de perder o emprego. O “Índice de Medo do Desemprego” de junho atingiu 76,1 pontos, ante 73,6 pontos em março, representando alta de 3,4%. O dado está presente na mais recente edição da pesquisa trimestral “Termômetros da Sociedade Brasileira”, divulgada na tarde desta segunda-feira, 30, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Foi a quinta alta consecutiva do indicador.

O sentimento de perder o emprego apresentou a maior alta porcentual (5,76%) entre as pessoas que estudaram até a quarta série do ensino fundamental, atingindo 73,4 pontos em junho, contra 69,4 pontos de março. Entre as pessoas com curso superior, o receio de ficar desempregado ficou em 80,9 pontos em junho, ante 78,0 pontos, em março, ou seja, crescimento de 3,72%.

O Sul do País foi a região onde o indicador mais cresceu porcentualmente (7,85%) entre março e junho, passando de 71,3 pontos para 76,9 pontos no período. No Norte e no Centro-Oeste, o medo do desemprego atingiu o maior valor entre as regiões, com 82,4 pontos, em junho; frente 77,0 pontos, em março, alta de 7,01%.

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Essa pesquisa da CNI foi divulgada uma semana depois de o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) apresentar o pior desempenho em geração de vagas para o mês de maio desde 1992. Foram criadas 58,8 mil vagas com carteira no período, uma queda de 18,3% em relação a maio de 2013.

A CNI ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios entre os dias 13 e 15 de junho para elaborar o estudo apresentado nesta segunda. Na semana passada, a entidade já havia divulgado outra pesquisa, o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC), sobre a expectativa do consumidor, verificando que o brasileiro teme o aumento do desemprego e a queda na renda pessoal – foi o pior resultado nesses itens desde 2005.

Satisfação maior.

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Na contramão do medo com o desemprego, o Índice de Satisfação com a Vida da CNI cresceu de 102,2 pontos, em março; para 103,1 pontos, em junho. Foi uma alta de 0,9% em junho. Entre brasileiros com curso superior, o índice de satisfação de junho foi de 104,9 pontos, ante 103,7 pontos em março. Já entre as pessoas que estudaram até a 4ª série do ensino fundamental, o índice recuou 1,56%, de 102,7 pontos, em março; para 101,1 pontos, em junho.

Considerando o critério de porte do município analisado, o índice de satisfação com a vida é maior em localidades que têm entre 20 mil e 100 mil habitantes (105,2 pontos). É maior, também, entre aqueles que ganham mais de dez salários mínimos (109,5 pontos).