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SÃO PAULO – Embora o desemprego tenha sido citado como a principal causa da inadimplência em setembro, aumentou a quantidade de pessoas que atribui ao descontrole nos gastos a causa de suas dívidas não pagas. Os dados são da Pesquisa de Inadimplência, realizada pela ACSP (Associação Comercial de São Paulo) e divulgada nesta sexta-feira (3).
Entre os 618 entrevistados para o estudo, 17% afirmaram que a falta de controle nos gastos foi o motivo da inadimplência, contra 9% em setembro 2007 (quando 851 pessoas foram ouvidas)
O desemprego próprio foi a causa do atraso no pagamento das dívidas de 46% dos entrevistados. O desemprego de um membro da família levou 4% à inadimplência. Entretanto, 56% declararam que não estão mais desempregados.
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Outras causas
Além do descontrole e do desemprego, 17% das pessoas apontaram como motivo o fato de terem sido fiadores, avalistas, ou terem “emprestado o nome” a alguém.
Ter a renda diminuída também foi apontado como fator por 5% das pessoas, além de ter alguém doente na família (6%), ter recebido o salário com atraso (2%) e outros motivos (3%).
Confira abaixo os motivos que levaram as pessoas a contrair dívidas:
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Motivo | Setembro de 2008 | Setembro de 2007 |
Ficou desempregado | 46% | 55% |
Alguém da família ficou desempregado | 4% | 4% |
Doença em família | 6% | 5% |
Descontrole do gasto | 17% | 9% |
Queda de renda | 5% | 6% |
Ter sido fiador ou avalista | 17% | 12% |
Atraso no salário | 2% | 2% |
Outros | 3% | 7% |
Divisão por idade
Na classificação por idade, foi constatado que a maior parte (35%) tem entre 21 e 30 anos. Em seguida vem a faixa entre 31 e 40 anos, com 26%. Dentre os mais jovens, com menos de 20 anos, 9% declararam estar em situação de inadimplência.
Impactos da crise
Segundo a ACSP, o avanço da inadimplência, causado pelo descontrole do consumidor, e não por fatores macroeconômicos, não chega a preocupar. Entretanto, o quadro de incertezas na economia, gerado pela crise financeira dos Estados Unidos, mobiliza a entidade.
Segundo seu presidente, Alencar Burti, a ACSP está atenta com o desenrolar da crise, pois seus efeitos ainda não são totalmente claros no Brasil. Por isso, Burti pretende reunir os economistas e executivos da entidade, na próxima semana, para avaliar o tema com maior profundidade.
“Até lá podemos definir posições e caminhos a serem seguidos pela Associação Comercial, já levando em conta também os desdobramentos das nossas eleições municipais”, salientou.