As 5 principais tendências para o mercado de trabalho em 2017, segundo o Glassdoor

O estudo foi elaborado pelo economista chefe do portal Glassdoor, um dos maiores de carreiras do mundo

Júlia Miozzo

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SÃO PAULO – Todos os anos, o mercado de trabalho apresenta novas tendências e mudanças, sejam elas sobre as profissões que se darão bem, sobre as que estão em baixa ou sobre possíveis reestruturações que as empresas realizarão.

Segundo o economista chefe do portal Glassdoor, Andrew Chamberlain, um dos maiores sites de carreiras do mundo, o próximo ano será repleto de mudanças impactantes, válidas para todas as áreas do mercado. Em estudo publicado pelo site, ele selecionou cinco dessas principais tendências para 2017 e os anos seguintes – e, mesmo que algumas delas já sejam visíveis no mercado hoje, elas são consideradas tendências pois se intensificarão ainda mais.

Confira quais são essas tendências:

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Profissionais de RH se tornarão “cientistas das pessoas”
O economista afirma que nos próximos anos, os departamentos de recursos humanos devem começar a usar as ciências de dados para realizar contratações e acompanhar o desenvolvimento dos funcionários. Isso significa que, além da área de vendas, marketing, precificações e logísticas, os profissionais de RH também vão utilizar sistemas de análise para acompanhar o “ciclo de vida” de cada funcionário.

A automação vai mudar todos os empregos
“O crescimento do alcance de dispositivos móveis, armazenamento de dados e inovações em machine learning trarão mudanças surpreendentes para a forma como trabalharemos nos próximos anos. 2017 parece ser o ano em que esses avanços em automação comecem a mudar a rotina de trabalho”, explicou Chamberlain.

Ele também conta que os empregos que serão mais afetados por essa automação são “empregos de rotina”, que precisam ser feitos sempre da mesma forma e não pedem muita flexibilidade ou criatividade”. Um bom exemplo desses empregos é, segundo ele, o de taxista.

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Fim dos benefícios “divertidos”
Benefícios oferecidos principalmente em startups, como mesas de pingue pongue, sinuca, lanches e ambientes para descanso não serão uma tendência em 2017. Nos próximos anos, isso não deve ser oferecido pelas empresas, que vão dar preferência à benefícios mais tradicionais, como planos de saúde e salários.

“Em 2017 e nos próximos anos, muitas empresas de tecnologia vão começar a se tornar mais maduras e se transformar em empresas mais tradicionais”, escreveu. “Nossa pesquisa comprovou que esses benefícios exóticos afetam pouco a satisfação dos funcionários em relação a benefícios mais tradicionais, como plano de saúde, férias e previdência”.

Esforços para diminuir a desigualdade de salário entre gêneros
Além de aumentar a transparência em relação aos salários pagos a homens e mulheres, no próximo ano as empresas também terão maior disponibilidade de dados para medir e corrigir a diferença salarial entre homens e mulheres. Uma pesquisa realizada pelo site mostrou que as pessoas têm rejeição às empresas que pagam salários diferentes a homens e mulheres, o que já consiste em um motivo para reduzir essa desigualdade.

A “gig economy” não vai ganhar espaço, mas será tendência
Serviços compartilhados, como os oferecidos pela Uber e o Airbnb, não devem ganhar mais espaço no mercado, mas inúmeras características deles serão implantadas pelas empresas no contrato de trabalho, como a flexibilidade do horário e do local de trabalho. Segundo o economista, o benefício dessas características é tanto para o funcionário quanto para a empresa.