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SÃO PAULO – A estrutura física das empresas está mudando. Aquele chefe fechado em sua sala, num ambiente privativo, está com os dias contados.
O momento agora é de derrubar as paredes, aproximar departamentos e colaboradores e, em alguns casos, abrir mão dos gabinetes da diretoria para colocar o alto escalão em estações de trabalho. Mas isso não significa o fim da hierarquia.
“Na verdade, as organizações estão lançando mão dos recursos da arquitetura e do design de interiores para ampliar a produtividade e a qualidade, ou seja, para aumentar a competitividade dela no mercado”, afirmou Almira Portella, do escritório Scorza e Portella Arquitetas Associadas.
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Tendências
De acordo com Almira, dentre as tendências, estão espaços abertos e os armazéns americanos (warehouse). Neste último caso, são usados tijolos aparentes, pintura baseada em cimento e madeiras de demolição.
A arquiteta ressalta que é perceptível a demanda pela remodelação dos espaços corporativos, com o intuito de refletir os valores exigidos pelo mercado. Com isso, melhora a comunicação interna, os processos e, consequentemente, os resultados.
A arquiteta Cristiana Scorza afirmou que “a arquitetura atuou de maneira definitiva na melhoria das relações de trabalho, tanto entre funcionários quanto com o cliente”.
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Mudanças
Mas não é qualquer mudança que vem para o bem. De acordo com as arquitetas, áreas como a jurídica e financeira precisam permanecer isoladas, já que exigem privacidade e segurança.
Além disso, por necessitar de clima diferenciado, o departamento de TI (Tecnologia da Informação) pode ficar isolado.
Outro ponto a ser observado, de acordo com Almira, é se a cultura organizacional está preparada para a mudança. Será que os funcionários não vão confundir a maior proximidade física com o líder de equipe e deixarem de respeitar a hierarquia? “Os colaboradores devem saber trabalhar em grupo e, ao mesmo tempo, exercitar a concentração do pensar”.