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SÃO PAULO – Dez anos após o fim da faculdade, as mulheres recebem apenas 69% do salário dos homens que realizam a mesma função, revela o estudo “Behind the Pay Gap” (Por trás da Diferença de Salário) da American Association of University Women Educational Foundation (Fundação Educacional da Associação Americana de Mulheres Universitárias).
Segundo a AAUW, um ano depois da formatura, a diferença salarial já existe, mas é um pouco menor: as funcionárias do sexo feminino ganham 80% do montante recebido por seus colegas homens.
Autoridade também é menor
Ainda de acordo com a pesquisa, após dez anos de formadas, as mulheres têm menos autoridade no emprego que seus colegas homens. Desta forma, ficam menos envolvidas com tarefas como supervisão, contratação e demissão.
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Apesar de ter levado em conta variantes que podem afetar o salário, como horas de trabalho, profissão e filhos, o levantamento indica que um quarto da diferença no salário continua sem explicação, sendo provavelmente resultado da discriminação sexual.
Para a diretora de pesquisa da AAUW, Catherine Hill, a persistência da diferença de salário entre trabalhadores jovens e com nível superior sugere que apenas as conquistas educacionais não irão acabar com a lacuna salarial.
Situação não é diferente no Brasil
Segundo dados divulgados pelo Sindicato dos Comerciários de São Paulo, as trabalhadoras da categoria recebiam R$ 192 a menos que seus colegas de trabalho do sexo masculino em janeiro de 2005 (R$ 667 contra R$ 859 mensais).
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Se considerarmos o ganho médio mensal dos comerciários com carteira assinada, percebe-se uma discrepância ainda maior, de R$ 195, já que os valores recebidos no primeiro mês de 2005 eram de R$ 720 para as mulheres e R$ 915 para os homens.
Entre os trabalhadores do comércio de São Paulo que não têm carteira assinada, a diferença salarial média entre homens (R$ 678) e mulheres (R$ 513) era de R$ 165 no período em questão.