Apesar de recuperação econômica, salários crescerão menos, diz OIT

Para organização, aumento no salário real em 2009 será menos intenso do que o registrado no ano passado

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O ritmo de crescimento dos salários reais ainda deverá apresentar queda neste ano em todo o mundo, apesar dos sinais de recuperação econômica, segundo prevê a OIT (Organização Internacional do Trabalho), que ressalta também que a queda já foi significativa em 2008, devido à crise.

A informação está no Relatório Global de Salários, que indica que a situação dos ganhos dos trabalhadores ficará pior em 2009, já que, dos 35 países analisados, metade apresentou queda no valor dos salários, durante o primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2008. A razão indicada para isso foi o corte no número de horas trabalhadas.

O documento também indica que o crescimento do salário real caiu de 4,3% em 2007, para 1,4% no ano seguinte, em 53 países com essas informações.

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Consequências da crise

Para a diretora do Programa sobre Condições de Trabalho e Emprego da OIT, Manuela Tomei, a redução no ritmo de crescimento ainda em 2009 levanta dúvidas sobre a real recuperação econômica, já que possui consequências sobre a demanda e a confiança do consumidor.

Além disso, a organização ressalta que, anteriormente à crise, o crescimento dos salários estava estagnado, o que afirma ter contribuído para a turbulência econômica, já que o aumento da produtividade aliado à estabilidade nos ganhos impossibilitou diversas pessoas de consumirem mais.

Salário mínimo

Por outro lado, o relatório indica que tanto nações desenvolvidas quanto as em desenvolvimento fortaleceram suas políticas de salário mínimo, refletindo o aumento nas preocupações sobre a desigualdade de renda.

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Segundo a OIT, na crise, vários países aumentaram o valor do salário mínimo, enquanto em crises anteriores, era maior a preocupação com o impacto nos custos de trabalho.

Entre as nações que reajustaram o pagamento para cima, a entidade destaca 86 que concederam um aumento acima da inflação. Entre elas, estão o Brasil, Japão, Estados Unidos e Rússia.