Apenas 11% dos líderes participaram de programas de desenvolvimento

Segundo estudo, maior parte dos líderes, 33%, ocuparam o cargo por conta de contratações externas

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SÃO PAULO – Muito se fala da importância de programas de desenvolvimento de carreira dentro das empresas, contudo uma pesquisa realizada pela consultoria DDI (Development Dimensions International) revela que apenas 11% dos líderes conquistaram a posição de liderança por meio de tais programas.

De acordo com o estudo, a maior parte dos líderes, 33%, conquistaram a posição por contratações externas. Este número é ainda maior entre os gerentes de serviços empresariais, 56%, e bastante expressivo entre os de alta tecnologia, 30%.

No geral, ainda conforme a pesquisa, 20% dos líderes adquiriram a posição como recompensa por conta de suas habilidades técnicas; 12%, porque eram vistos como líderes naturais pelos outros membros da equipe; enquanto 11% se tornaram líderes porque não havia mais ninguém para desempenhar a função.

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Os resultados menos expressivos, e mais indesejáveis na opinião dos autores do estudo, são os líderes que conquistam a posição porque pediram a promoção (9%) ou devido ao percurso escolar – porque cursaram um MBA (Master Business Administration), por exemplo – (4%).

Os motivos para almejar a liderança
A pesquisa da DDI observou ainda porque os profissionais querem se tornar líderes, e se, por um lado, o estudo considera que a maneira como as pessoas conquistam tais cargos não seja a ideal, por outro, os motivos para que alguém almeje um cargo de liderança também não são os mais adequados.

Para 50% dos profissionais, o cargo de liderança significa apenas maior compensação financeira. Outros 33% consideram esta a única forma de desenvolver a carreira, enquanto que 21% querem um cargo de liderança por causa do maior poder e influência, motivos considerados não suficientes para manter um profissional motivado e envolvido.

Dentre as razões avaliadas como positivas, a pesquisa aponta o desejo de desenvolver habilidades e melhorar (39%), desejo de contribuir com a empresa (33%) e a vontade de liderar (23%).