Aparência pode interferir no salário do profissional, diz pesquisa

Para especialista, essa conduta se aplica somente às empresas cujo negócio preza pela boa aparência, como moda e eventos

Karla Santana Mamona

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SÃO PAULO – Segundo um levantamento realizado pela Universidade de Yale (EUA), a aparência pode interferir na definição de salário dos profissionais. O estudo apontou que os entrevistados considerados com a aparência menos atraente ganhavam em média 10% a menos em comparação com os de melhor aparência.

De acordo com a diretora de Desenvolvimento Humano e Organizacional da Talk Interactive, Angela Souza, ao analisar o estudo, é difícil aceitar que ele se aplique à realidade brasileira, principalmente ao apontar que a beleza garante não só uma vaga de emprego como um salário maior.

Setores específicos
Para Angela, isso serve somente às empresas cujo negócio preza pela boa aparência, como moda, estética, publicidade e eventos.

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Ela explicou ainda que, ao se deparar com o belo, os recrutadores não ficam imunes às emoções que ele suscita, embora os recrutadores bem preparados sejam capazes de manter a objetividade e escolher um candidato avaliando suas competências, habilidades e conhecimentos necessários para a realização da atividade que será desenvolvida.

Por isso, as empresas contratam profissionais que se identificam com seus valores. Nos processos seletivos, as companhias esclarecem aos entrevistados a cultura que prevalece, incluindo comportamentos, vestuário e postura no ambiente de trabalho.

Identificação com a empresa
A especialista esclareceu também que é comum que as pessoas se candidatem a emprego em empresas que compartilham os mesmos valores.

“Algumas pessoas buscam empresas por serem “cool” ou por oferecerem “mimos”, como liberdade. Outras preferem empresas com estilos de negócio e gestão mais tradicionais. Num caso ou noutro, a aparência das pessoas segue o estilo da empresa e a percepção do belo pode variar”, finalizou Angela.