Ao término da licença-maternidade, “faça o melhor dentro do possível”

Diretor da Clínica Genesis afirmou que é normal a mulher se sentir insegura, mas que é importante se manter serena

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – No fim da licença-maternidade, nada de desespero. De acordo com o diretor da Clínica Genesis, o médico Aléssio Calil Mathias, é importante que a mulher “faça o melhor dentro daquilo que é possível”.

Ele afirmou que a separação mais radical entre bebê e mãe é quando chega a hora de voltar ao trabalho. “A mulher que trabalha fora vive um dilema ao ter de deixar seu bebê, com quem manteve uma relação intensa nos últimos meses. Os primeiros dias de trabalho nunca são fáceis, mas é preciso encará-los com determinação”.

O médico afirmou que, se a mulher estiver tranquila e serena, a transição será positiva para mãe e filho. Dessa forma, ela ainda não prejudica seu desempenho no trabalho, que deve ser espetacular, devido ao fato de a pessoa ter estado um grande tempo longe da empresa.

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Sentimentos

A psicóloga Vânia Solé Botelho afirmou que, na volta ao trabalho, é normal a mulher se sentir culpada, angustiada ou indecisa. “É importante ser tolerante consigo mesma, uma vez que toda transição envolve mudanças, reorganização e aprendizagem”.

Na preparação para esse momento, a psicóloga sugeriu que a mulher confira quem vai cuidar do bebê, se ele ficará em um berçário ou na casa dos avós, por exemplo. Com essa preparação, a mãe fica mais calma.

Segundo disse Vânia, algumas mulheres conseguem encontrar maneiras diferentes de aliviar os efeitos da separação. “Confiar na instituição ou na pessoa que cuidará de seu filho lhe trará mais confiança e tranquilidade”, disse.

A psicóloga completou dizendo que é importante haver esse momento de separação: “o bebê aprende que ele e a mãe não são uma coisa só. E muito mais: a criança passa a se relacionar com outras pessoas, ganha diferentes referências de afeto, diversifica a forma de ver o mundo e fica mais segura”.