Analista de investimento: quanto mais jovem, menor a qualidade de vida

Pesquisa da Apimec-SP e Unifesp revela que profissionais seniores possuem renda mais elevada e mais qualidade de vida

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Pesquisa realizada pela Apimec-SP (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais), em parceria com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), revelou que os profissionais de investimentos mais jovens apresentam uma qualidade de vida inferior àqueles com maior tempo de carreira.

“O levantamento demonstra que os analistas, principalmente os jovens, estão sendo submetidos a tensões significativas, que têm acarretado prejuízos à qualidade de vida”, afirmou a presidente da Apimec-SP, Lucy Sousa.

Ela explicou que, no geral, os profissionais seniores possuem renda mais elevada e registram uma qualidade de vida um pouco superior do que os jovens iniciantes, que são submetidos a mais cobranças sobre avaliações realizadas e prazos de entrega de relatórios sobre as companhias de capital aberto.

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Falta qualidade de vida

Os problemas mais comuns identificados nos profissionais da área foram deficiência visual, dor na coluna, travamento nos dentes e gastrite. Em geral, estas pessoas tomam algum tipo de medicamento.

Segundo o levantamento, 71% dos entrevistados com média de 44 anos não demonstram problemas com ansiedade e depressão. Já os profissionais mais afetados (29%) registram sintomas de depressão e possuem idade média de 35 anos.

Os dados foram coletados de 162 profissionais de investimento e analistas durante os meses de maio e junho de 2008. A média de idade é de 41 anos, sendo o mínimo de 21 e o máximo, de 72 anos. A maior parcela dos entrevistados são homens, que representam 75% do total.

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É possível ser saudável

De acordo com o organizador do levantamento e pesquisador da Unifesp, Maurício Hiroshi Hayashi, o mercado de capitais pode se tornar saudável se os profissionais de investimento se esforçarem para isso.

Ele afirmou que muitas empresas estão se preocupando em reter seus talentos. Porém, elas se esquecem de que podem perdê-los caso não promovam a qualidade de vida dentro e fora do trabalho.