Amigos no escritório e fora dele: como dosar essa relação?

Amizade não pode interferir no trabalho. É preciso separar as situações para preservar o emprego e o relacionamento

Patricia Alves

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SÃO PAULO – Quem não preza um ambiente de trabalho
de amizade e companheirismo? É muito mais fácil trabalhar com pessoas com as quais se tem afinidade do que sempre bater de frente com um ou outro que você não se dá bem.

Além disso, quem nunca levou uma amizade de escritório para fora dele? Happy hour às sextas-feiras, viagens de finais de semana… afinal, é com essas pessoas que você passa boa parte do seu dia e é normal que o laço de amizade ultrapasse as barreiras do horário comercial.

No entanto, é necessário bom senso para não misturar as coisas.

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Amigos, amigos, negócios à parte

Poder contar com o colega de trabalho para seus problemas do dia-a-dia é saudável, mas é importante saber separar as coisas.

Ter um superior como amigo fora do escritório
não significa regalias durante o expediente. Aquele seu amigo de fim de semana pode, e deve, chamar sua atenção quando necessário e você, como bom profissional, não pode relaxar em suas atividades simplesmente porque quem vai corrigi-las é seu amigo.

Quando o amigo vira colega de trabalho

O mesmo vale para a situação inversa. Imagine que o seu melhor amigo, companheiro de festas e viagens, conquistou a tão sonhada vaga em sua empresa. Com sua indicação ou não, ele passou por todo um processo e mostrou ter capacidade para o cargo, portanto, sendo ele seu superior ou subordinado, a amizade não pode interferir no dia-a-dia.

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Se seu amigo chegar para fazer parte da equipe que você lidera, deixe claro para os outros membros a função dele e explique suas atribuições. As cobranças e a forma de relacionamento devem ser as mesmas, sem fazer diferença com os outros funcionários.

É natural que vocês tenham um contato diferente, conversas extra-trabalho, mas o ideal seria deixar esse bate-papo para a hora do almoço ou para o trajeto de volta para casa.

Atitude parecida deve ser adotada quando seu amigo entra na empresa como seu chefe. Não espere tratamento diferenciado nem aceite regalias. Caso você esteja há mais tempo na casa, pode ajudar o novo “supervisor”, dando dicas sobre os processos da companhia e as formas de trabalho. Mas evite falar de colegas. Com certeza, o RH da empresa se encarregará de tudo e você não ficará com a fama de “fofoqueiro”.

Saiba separar

Independentemente da situação, o importante é saber separar. Não deixe que os problemas do escritório interfiram na amizade. Não é porque hoje, durante o expediente, o seu chefe/amigo deu aquela bronca sobre o relatório mensal que estava atrasado que à noite, na tradicional pizza da semana, você tratará de forma diferente seu amigo/chefe.

Evite falar de trabalho nas horas de folga. Não é fácil, mas é importante saber dosar o que deve ou não ser dito nesses momentos.

A partir do momento em que as relações de trabalho e pessoais passarem a atrapalhar e entrar em conflito, é melhor rever o que é mais importante para você: seu emprego ou a amizade de tantos anos. Pense nisso!