América Latina: como reter talentos, quando há escassez de profissionais habilidosos?

Talentos de alto desempenho e habilidades críticas são cruciais para o crescimento das organizações

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A instabilidade política e a violência não chegam a ofuscar a visão dos investidores produtivos mundiais com relação aos países latino-americanos. É uma região emergente e promissora, dizem muitos.

Porém, as empresas que pretendem investir na América Latina devem estar conscientes de um empecilho que fatalmente enfrentarão e que, de tão importante, pode impedir seu crescimento local: a escassez de mão-de-obra qualificada.

Repensando programas de retenção

Para capitalizar esta oportunidade, as empresas precisarão repensar seus programas de atração e retenção. Talentos de alto desempenho e habilidades críticas são cruciais para o crescimento das organizações e a competição pela contratação desses indivíduos pode ser acirrada.

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Para se ter uma ideia, mais de 70% das empresas latino-americanas que participaram do estudo 2007/2008 Global Strategic Rewards da Watson Wyatt relataram dificuldades para atrair funcionários com essas características e habilidades. Mais de 50% têm dificuldade para retê-los.

Para exemplificar: outra pesquisa da Watson Wyatt realizada com empresas no Chile, em meados de 2008, constatou que dois terços (66%) delas perderam funcionários para a concorrência recentemente. E mais: dos que partiram, mais de um terço (36%) eram jovens profissionais considerados importantes para o futuro das organizações. Destes, um quarto (25%) correspondia a analistas seniores com a expertise necessária para apoiar a estratégia empresarial. As diretorias contavam com eles.

Programas fracos ou inexistentes

A Watson Wyatt concluiu que os programas de atração e retenção praticados em diversas organizações da América Latina estão desatualizados ou simplesmente não existem.

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O motivo é que, no passado, a retenção não era uma prioridade nas empresas, porque poucos empregados se demitiam e aqueles que o faziam eram facilmente substituídos. Hoje a realidade é outra. As empresas atropelam-se para encontrar as pessoas que necessitam e para apoiar seus investimentos de negócio.

Não à toa, muitos profissionais são sondados e “roubados” de suas empresas por concorrentes que, de alguma forma, tiveram acesso ao seu trabalho. O meio utilizado para tal é a oferta de um salário maior e de bônus.

Embora tal atitude possa resolver uma necessidade de curto prazo, ela cria problemas futuros, tais como expectativas inadequadas de desempenho de longo prazo, iniquidade interna e potenciais retaliações dos competidores.

Estratégias a serem consideradas

Para evitar erros dispendiosos, as empresas nesta situação precisam desenvolver e implementar estratégias de atração e retenção que suportem objetivos de longo prazo, como as seguintes: