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SÃO PAULO – Apesar do aumento do emprego formal, o ainda alto número de desempregados no país pressiona o mercado a oferecer salários mais baixos, relações de trabalho ruins e curta duração dos contratos. A avaliação é do economista do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), Paulo Jager.
O economista enfatizou que, sem crescimento econômico, o investimento em qualificação profissional e melhorias nas regras do mercado de trabalho não são determinantes para o aumento do emprego. Jager afirmou ainda que é preciso cuidar para que não haja desaceleração da economia, pois, do contrário, corre-se o “risco de desfazer o crescimento que tivemos nos últimos anos”.
Aumento do emprego formal
Segundo a Agência Brasil, na quinta-feira (17) o Ministério do Trabalho informou que em junho de 2008 foram criados 309.442 postos de trabalho, número recorde não apenas para o período como para todos os meses desde o início da série histórica em 2003.
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Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) mostram que, no primeiro semestre do ano, o estoque de empregos cresceu 4,70%. Foi o maior saldo no período, correspondendo à criação de 1,361 milhão de vagas.
Os estados que se destacaram na criação de empregos foram São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Roraima foi o único estado que não apresentou aumento no estoque de empregos, devido a dificuldades nos setores de Construção Civil e de Serviços de Utilidade Pública.
“Estamos na trajetória correta. Precisamos manter esse crescimento econômico e do emprego por vários anos, para que tenhamos de fato uma situação boa no mercado de trabalho”, concluiu Jager.