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SÃO PAULO – Donos de bares, restaurantes e lanchonetes estão nada satisfeitos com a decisão do governo de aumentar, mais uma vez, a tributação de bebidas frias, como cerveja e refrigerante.
Em abril, a Receita Federal divulgou mudanças na tabela de tributação, justificando restabelecer equilíbrio da relação entre tributos cobrados e preços praticados. Contudo, a medida, que irá vigorar a partir de 1º de junho, impactará negativamente no faturamento e retração do negócio, ocasionando até em demissões e fechamento de pontos de venda, segunda a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes).
“Os dois milhões de micro e pequenos empreendedores do nosso setor ainda não sabem se conseguirão se manter com esse aumento. Acreditamos que, no curto prazo, veremos o fechamento de estabelecimentos e aumento do desemprego”, disse o presidente nacional da Abrasel, Paulo Solmucci, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (08).
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A venda de bebidas (refrigerante, água, cerveja e suco) representa entre 40% e 60% do faturamento de bares, restaurantes, lanchonetes e afins. Com a alta dos tributos, que no caso da cerveja será de, em média, 30%, o preço dos produtos subirá novamente, o que pode diminuir o consumo. Uma pesquisa da Nilsen revela que 63% dos consumidores afirmarem que estão reduzindo gastos com alimentação na rua.
Segundo Solmucci, a medida colocará em risco mais de 200 mil empregos em todo o País. “Todo o mercado de alimentação fora de casa está apreensivo. Não podemos ser vistos como vilões pelo consumidor, já que somos os principais prejudicados.”
A Abrasel afirma que o setor de alimentação fora de casa, que representa 2,7% do PIB nacional, já vem sob alta pressão de custos nos últimos anos e não conseguirá absorver mais um reajuste. Os preços nesses estabelecimentos já têm subido quase duas vezes acima da inflação.