Além do IPI, preço do aço e negociações sindicais poderão encarecer os carros

Aumento no preço do insumo e nos gastos com salários poderão fazer com que carros encareçam mais do que o previsto

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Com o aumento das alíquotas de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), a partir de outubro, o mercado automobilístico e os consumidores já esperam um aumento nos preços. Porém, a alta no imposto não deverá ser o único fator pressionando os valores dos veículos.

Como lembra a Agência AutoInforme, os preços dos carros de até 1.000 cilindradas tiveram uma redução de 5%, com o IPI reduzido. Porém, isso não significa que os preços subirão 5% até janeiro do próximo ano.

Isso porque, de acordo com a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), além do fim do benefício, há outros dois fatores que poderão encarecer mais os carros: o aumento nos preços do aço e as greves em algumas montadoras, de trabalhadores que reivindicam reajuste salarial.

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Altas e baixas

A associação ressalta que ainda não é possível saber quanto será o impacto nos preços desses três fatores e que isso irá variar de acordo com cada montadora. As greves ocorrem em unidades da General Motors, Volkswagen e Renault-Nissan.

Em relação aos preços do aço, o aumento dos valores no mercado externo possibilitou a alta no Brasil, segundo indicou relatório da Link Investimentos. Os preços do aço foram elevados entre 10% e 13%, de acordo com cada empresa produtora.

Já em relação às alíquotas de IPI, a Anfavea ressalta que, a cada ponto percentual de aumento do imposto, os preços dos carros deverão subir 0,9%.

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Aumento no IPI

Atualmente, os carros com até 1.000 cilindradas estão isentos da cobrança de IPI, porém, em outubro, a alíquota para esses modelos subirá para 1,5%, sendo que em novembro irá para 3%, em dezembro, para 5%, voltando ao patamar de 7% em janeiro de 2010.

Já para os veículos bicombustíveis, com motor entre 1.000 e 2.000 cilindradas, a alíquota passará de 5,5% para 6,5% entre o nono e o décimo meses do ano, subindo para 7,5% em novembro, 9% em dezembro e retornando a 11% no próximo ano.

Por último, os carros movidos a gasolina, com a mesma potência, verão a incidência do imposto subir de 6,5% para 8% entre setembro e outubro. No mês seguinte, a alíquota passará para 9,5%, chegando a 11% em dezembro e 13% em janeiro.