Ainda não há consenso sobre adiamento da conta salário, diz Febraban

Segundo a entidade, instituições bancárias estão em diferentes estágios de adaptação de seus sistemas à nova medida

Ana Paula Ribeiro

Publicidade

SÃO PAULO – A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) está em diálogo com o governo para adiar o início da implementação da conta salário, previsto para 1º de janeiro de 2007, mas ainda não fechou uma possível data em que o novo sistema passaria a vigorar. A informação foi divulgada pela entidade à InfoMoney, por meio de sua assessoria de imprensa, nesta quinta-feira (07).

De acordo com a superintendência de projetos da Febraban, ainda não há um consenso entre as instituições bancárias sobre qual seria a melhor data, porque cada uma delas está em um estágio diferente de adaptação de seus sistemas operacionais para poder implantar a conta salário a todos os trabalhadores.

Banco Central

Já a assessoria do Banco Central não confirmou a informação, veiculada pela mídia, de que o prazo para o início da conta salário seria estendido para até dois anos. Essa proposta pode ser decidida em reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), a cuja pauta o Banco Central não tem acesso.

Oferta Exclusiva para Novos Clientes

Jaqueta XP NFL

Garanta em 3 passos a sua jaqueta e vista a emoção do futebol americano

O que muda com a medida

Pelas regras atuais, a conta salário é uma prerrogativa dos bancos. Com a nova medida, anunciada em setembro deste ano pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, após reunião extraordinária do CMN, passaria a ser obrigatória.

Isso significa que os trabalhadores poderão resgatar ou transferir o dinheiro da conta salário do banco escolhido pela empresa em que trabalha para o banco da sua preferência, sem nenhum custo.

A medida, disse o ministro à época do anúncio, estimularia a “concorrência entre os bancos” ajudando até a reduzir as taxas de juros.

Continua depois da publicidade

Servidores e segurados de fora

Tanto o governo do Estado de São Paulo como o Instituto Nacional de Seguridade Social se manifestaram contra a medida. O primeiro, por causa das perdas geradas ao Estado, e o segundo, por problemas que poderiam surgir nas contas dos servidores, pois aquelas sem movimentação durante dois anos são consideradas como inativas.

Ana Paula Ribeiro

Jornalista colaboradora do InfoMoney