Advogado empresarial assume novo papel nas organizações

Especialista diz ainda que o advogado atua em processos de abertura de capital, fusões, aquisições, ou ainda nas áreas marítima, petrolífera e ambiental

Edilaine Felix

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 SÃO PAULO – Antigamente a figura do advogado só era vista nas reuniões de gestão, quando um problema ou uma crise já estava em andamento. Hoje é muito diferente. Com a nova realidade econômica brasileira, o profissional passou a ser aproveitado em novas demandas nas organizações.

Segundo o diretor jurídico da ToyoSetal, especialista em Direito Empresarial, Talles Franco Giaretta, atualmente o advogado está envolvido em questões complexas. “Neste novo cenário, se tornou fundamental e obrigatório nas empresas a presença do executivo do direito, munido de visão de negócios, conhecimento de legislação, experiência na negociação e elaboração de grandes contratos”.

O especialista diz ainda que o advogado atua em processos de abertura de capital, fusões, aquisições, ou ainda nas áreas marítima, petrolífera e ambiental. Para ele, as grandes corporações largaram na frente ao perceber que o advogado executivo possui uma visão sistêmica e privilegiada do próprio negócio e suas muitas facetas.

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Doutor gestor
Na avaliação de Giaretta, o advogado transformou-se em um gestor que se envolve em todas as etapas de um negócio, passando assim, a ter função primordial no desenvolvimento estratégico e nos rumos da empresa.

Em sua trajetória dentro de uma organização o advogado tem a oportunidade de acompanhar um tema desde o seu nascimento, participando das fases de planejamento e contratação. “Com o diferencial de conhecer também os bastidores, ou seja, as leis”.

O especialista em direito empresarial acredita que em um discurso, ou declaração, este profissional dificilmente cometerá deslizes, “verdadeiros pesadelos na era da informação, para qualquer acionista, que muitas vezes vê a imagem da corporação ser comprometida por uma declaração infeliz”.

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Abertura de capital
De acordo com Giaretta, esta mudança ganhará ainda mais força nos próximos anos com abertura de capital de muitas empresas que demandará a contratação de um profissional que tenha sólidos conhecimentos sobre a parte legal e compliance.

“As empresas que complementarem seu staff executivo, com este tipo de profissional, certamente terão uma grande vantagem competitiva na identificação de oportunidades e na velocidade de resolução de processos internos sobre seus concorrentes, além de reduzir sensivelmente os gastos e custas com o surgimento de demandas judiciais”, finaliza.