Acadêmico que deseja vaga em empresa perde em competitividade

Segundo professor, este tipo de profissional não é focado em resultados e pode não se adaptar ao ritmo das empresas

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Imagine que você passou toda a vida profissional, depois de formado, na área acadêmica. Participou de pesquisas e ainda ministrou aulas. Em busca de novos desafios, no entanto, resolveu partir para o mundo dos negócios. Neste caso, na hora da contratação, você pode perder competitividade.

De acordo com o professor do MBA de Gestão Estratégica de Recursos Humanos do Ibmec São Paulo, João Brillo, este tipo de profissional perde porque não tem conhecimento do mundo empresarial, o qual exige um outro perfil dos candidatos.

“A principal diferença entre um profissional e outro é o foco nos resultados, muito mais exigido no mundo dos negócios do que no acadêmico, além da questão do tempo para realizar as atividades”, disse o professor.

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Mundos diferentes

Ainda de acordo com o professor, a academia tem um ritmo diferente das empresas. “No mundo dos negócios, os projetos têm que ser resolvidos no curto prazo. Já a pesquisa acadêmica têm um ritmo mais lento”, explicou.

Ele ainda disse que as pessoas com experiência somente na academia que querem migrar para empresas devem levar em consideração o fato de conseguirem se adaptar a este ritmo diferente de trabalho.

Já para quem está no mundo dos negócios e quer entrar para a academia, Brillo disse que este é um trajeto natural. “Este caminho já está mais pavimentado no Brasil”.

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Dica

Para quem quer arriscar e sair da academia para tentar uma vaga em uma empresa, ele indica que comece a procurar parcerias entre universidades e companhias.

“Tem crescido o número de projetos entre empresas e universidades, para desenvolvimento tecnológico. Esta é uma forma de conhecer melhor o mundo empresarial e de prever as necessidades do mercado. É uma forma de aprender a lidar e conhecer o mercado antes de entrar nele”, disse.