ABRH comenta qual o papel da área de gestão de pessoas em meio à crise

Modelo de gestão a ser adotado precisa considerar a sustentabilidade, a liderança responsável e a inovação

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – A ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos), considerando o fato de a crise financeira global causar desaceleração da economia, ressaltou que os profissionais da área de gestão de pessoas devem buscar alternativas para superar os obstáculos impostos pelo cenário.

“Há que se reconhecer que a menor geração de riqueza traz impactos severos sobre a atividade econômica e consequências sociais, especialmente no que se refere à geração e preservação de empregos”, disse em manifesto o presidente da ABRH-Nacional, Raph Arcanjo Chelotti. De acordo com o documento, a gestão da crise deve ser feita com a adoção de ações temporárias que assegurem o vigor, quando da retomada do crescimento.

Em relação ao modelo de gestão que deve ser adotado no momento de crise, ele afirmou que deve ser baseado em três itens: a sustentabilidade, que enfatiza a consideração aos interesses de acionistas e demais stakeholders, a liderança responsável, apoiada em valores, austeridade e compromisso, e a inovação, evitando repetir comportamentos que já se mostraram obsoletos.

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Defesa

A entidade afirmou defender os seguintes pontos em relação à crise:

  1. As decisões requerem a participação de todas as partes envolvidas – principalmente Estado, empregados e empregadores – como corresponsáveis em obrigações e benefícios e sempre em nome do bem-estar da sociedade, nunca como forma de se levar vantagem;
  2. As ações de gestão da crise têm de ser demonstradas com transparência;
  3. Receber incentivos neste momento implica contrapartidas sociais de quem foi beneficiado por eles;
  4. O momento exige que representantes das empresas, centrais sindicais e governo se disponham a negociar prioridades quanto à relação de emprego, fazendo as concessões necessárias;
  5. O cenário é propício à adoção de medidas transitórias de flexibilidade que cessarão quando a situação voltar à normalidade;
  6. A redução transitória de encargos sobre os custos de pessoal é matéria de urgente tratamento;
  7. A aplicação seletiva de fundos públicos precisa ser direcionada para investimentos em atividades econômicas geradoras de emprego, complemento de acordos entre empresas e empregados, proteção aos desempregados e qualificação profissional;
  8. A obtenção e manutenção de níveis de competitividade e produtividade são ditadas pela excelência do capital humano, que deve ser recompensado pela obtenção de resultados previstos;
  9. Demissões coletivas, quando adotadas por questões de crises conjunturais, não apenas reforçam a espiral decrescente dos negócios, como também dificultam a recuperação das empresas, na medida em que tornam mais difícil a reconstrução do conhecimento, das competências e das experiências perdidas. E, quando forem necessárias, as demissões devem ser previamente negociadas e conduzidas eticamente;
  10. A gestão econômico-financeira e suas medidas de contenção precisam estar subordinadas ao pensamento estratégico das organizações.