ABDI/IPEA: indústria de transformação criou mais de 23 mil vagas em fevereiro

De acordo com o Boletim de Conjuntura Industrial, os resultados de fevereiro são os melhores para o mês desde 2004

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Mercado de trabalho em fevereiro aponta um crescimento substancial, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged – Ministério do Trabalho).

Somente na indústria de transformação, foram criados 23.558 novos postos de trabalho, o que representa um aumento significativo frente a fevereiro de 2005, quando foram criadas apenas 810 vagas.

Os dados, divulgados na última terça-feira (04), fazem parte do Boletim de Conjuntura Industrial da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

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De acordo com o Boletim, os resultados do mês de fevereiro são os melhores para o mês desde 2004. Vale lembrar que o crescimento do emprego, principalmente do comércio, reflete perspectivas otimistas quanto às vendas industriais.

Comércio, Serviços e Construção Civil

No comércio, o número de novos empregos atingiu 19.258, quantidade bem maior do que a verificada no mesmo mês do ano passado, quando foram criados 8.647 novos postos.

Já no segmento de serviços, abriram-se 77.966 novas vagas no segundo mês de 2006, o que representa um crescimento de 53,9% frente a fevereiro de 2005.

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A construção civil também gerou um aumento significativo de vagas. Em fevereiro de 2006, o setor abriu 14.993 novos postos, contra 1.566 em fevereiro de 2004 e 910 no mesmo mês do ano passado.

Indústria de transformação

O maior destaque do mês ficou com a indústria de fumo, que criou 6.545 novas vagas. O setor de fabricação de coque, refino de petróleo, elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool também merecem destaque, pois gerou 3.327 novos postos.

Já os setores de fabricação de artigos de vestuário e acessórios e de fabricação de artefatos de couro criaram, respectivamente, 2.144 e 2.932 novas vagas. A indústria alimentícia, por sua vez, foi o único segmento a apresentar queda no emprego formal, com a eliminação de 11.030 vagas.

Folha Salarial

O mês de janeiro foi extremamente positivo para a folha salarial real da indústria de transformação, pois reverteu a tendência de queda iniciada em setembro de 2005, tendo apresentado um crescimento de 3,74%, já com ajuste sazonal.

Entretanto, em relação a janeiro do ano passado, houve uma queda de 1,25%. Considerando as horas pagas na indústria, o resultado de janeiro apresentou uma queda de 0,78% frente a dezembro, também com ajuste sazonal.

Já em relação ao mesmo período de 2005, a queda foi de 0,51%. Desse modo, os dados do primeiro mês do ano para folha de pagamento real e horas pagas da indústria de transformação evidenciam uma melhora significativa da remuneração e uma manutenção do ritmo de produção.