5 maneiras de potencializar as habilidades dos seus funcionários

A princípio não faz muito sentido, mas pagar bem os funcionários não necessariamente os torna mais felizes, mais produtivos, ou faz com que queiram ficar na sua companhia

Giovanna Sutto

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SÃO PAULO – A princípio não faz muito sentido, mas pagar bem os funcionários não necessariamente os torna mais felizes, mais produtivos, ou faz com que queiram ficar na sua companhia. Esse é o resultado de uma série de estudos, e experiências pessoais em empresas de todo o mundo, segundo o colunista, CEO de uma companhia de networking chamada Insightfully, Chirag Kulkarni, do site Inc.com.

A questão não é diminuir o salário dos funcionários, mas considerar a demanda de outros elementos que devem existir na empresa para potencializar as habilidades das pessoas. Muitas vezes, os executivos assumem que a felicidade pode ser comprada com salários, mesas de ping pong, e máquinas de comida. No entanto, os funcionários não podem ser subornados para serem felizes e produtivos.

Especialistas concordam que essa mudança de paradigma simples é crucial para empresas de todos os tipos para maximizar as habilidades de seus funcionários. Benjamin Petter é CEO da Avara Construction, uma empresa localizada em Seattle que é segue uma cultura de capacitar seus funcionários através de diferentes incentivos. E Petter pratica o que prega.

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“Quando você trata alguém como um empregado, você perde a oportunidade de tocar em suas habilidades como pessoa”, diz Petter. “As pessoas crescem quando você confia nelas, dá mais responsabilidades, e permite que elas levem o crédito por seus próprios sucessos e fracassos”, complementa o CEO.

Para esse modelo de capacitação funcionar, o colunista elencou algumas dicas e o CEO explicou a importância delas.

1. Deixe seu funcionário agir por si só

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Estudos têm demonstrado que não deixar seu funcionário conduzir suas funções é ruim para os negócios. “Quando você não dá autonomia para alguém, você o priva da capacidade de experimentar o sucesso ou fracasso.

Porque se o projeto for bem, ele não pode dizer que fez isso por conta própria, e se ele vai mal, não é totalmente culpa dele. É importante lidar com erros e acertos”, diz Petter. Parte da capacitação um empregado é o de “dar a corda o suficiente para se enforcar”, ou seja, é dar sinal verde para operar de forma autônoma e assumir a responsabilidade por seus erros.

2. Inclua pessoas

Todo mundo quer saber o “porquê” das coisas, é da natureza humana. Isso significa que, se informações forem necessárias para que os funcionários façam seu trabalho, eles vão se sentir como parte da missão mais ampla da empresa, se as suas perguntas são respondidas. “Você tem que incluir pessoas no que a empresa está fazendo.

Os colegas de equipe devem ser encorajados a compreender todo o negócio e contribuir com as suas ideias”, avalia Petter. O CEO também tem o cuidado de usar termos como ‘companheiro’ em vez de ‘empregado’, que é um elemento simples, mas que implementa na prática a cultura corporativa na companhia.

3. Crie objetivo a serem cumpridos

Chame do que você quiser: um ponto de referência, uma meta, o ponto é dar às pessoas um destino, mas não todo o mapa. Ao fazer isso, eles têm o poder de encontrar o seu próprio caminho, e ao longo do tempo para encontrarão melhores maneiras de fazer suas tarefas do que aquilo que inicialmente tinham em mente.

Petter diz que acha que cada funcionário deve ter a oportunidade de se destacar e ser compensado. ” Ao criar uma cultura onde todos são empresários, você começa a corrigir grandes problemas e realizar tarefas impossíveis. Isso significa que você propôs a meta, deve dar às pessoas a oportunidade de alcançá-la”, complementa.

4. Let go of decisions 

Pode ser assustador permitir que outras pessoas tomem decisões cruciais, especialmente porque, como o executivo, você tem a confiança de liderança que faz você se sentir como se estivesse sempre certo. Sem essa confiança, você nunca seria capaz de tomar grandes decisões, mas também faz com que seja difícil se libertar dessa responsabilidade.

Para incluir a cultura de capacitação, inclua deixar sua equipe tomar grandes decisões, às vezes até mesmo um veredito que você não tem 100% de certeza. O objetivo é ter pessoas que trabalham para a empresa, e que são especialistas em seu domínio, o que significa que eles são capazes de tomar decisões em sua área de especialização. Ninguém jamais se torna um especialista, se não tomar decisões.

5. Vitórias e derrotas são conquistadas em equipe

Há um problema que vem com funcionários capacitados: o estresse. Entenda que esses funcionários passam a ter mais responsabilidades.

A transição de uma abelha operária para um microempresário traz consigo muita pressão, e é por isso que para implementar essa cultura na empresa deve haver um trabalho em equipe e não apenas do indivíduo. “Compartilhar sucessos e fracassos e ajuda as pessoas a lidar com e sob pressão”, explica Petter.

Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.