4 mentiras sobre criatividade desmascaradas por especialista

O lado inventor do cérebro pode ser essencial para basicamente todos os cargos e áreas de trabalho existentes atualmente

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – Para muitas funções profissionais, criatividade é peça chave. Seja na produção de conteúdo ou na busca por soluções de questões do dia a dia, o lado inventor do cérebro pode ser essencial para basicamente todos os cargos e áreas de trabalho existentes atualmente – sem ele, robôs poderiam ocupar todas as funções.

Mas muito do que é dito com frequência a respeito da criatividade é falso, de acordo com o humorista, palestrante e professor de criatividade Murilo Gun. Ele prega que aplicar a criatividade nas atividades corriqueiras pode ser mais fácil do que parece.

“O primeiro passo é entender que todos já fomos crianças criativas e vamos tendo essa habilidade bloqueada conforme crescemos. A questão é que muita gente ainda acredita que a criatividade é algo inalcançável, e isso não é verdade”, explica o especialista. Confira, a seguir, quatro das mentiras mais difundidas a respeito, segundo ele:

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1. Mito do artista

“Hoje, os problemas estão mudando de forma rápida e acelerada. Por isso, a criatividade é indispensável para todo mundo, porque, para demandas novas é preciso soluções novas”, afirma Murilo. Por isso, é falsa a ideia de que criatividade é para artistas e publicitários.

“Para funções como seguir processos e analisar dados, a máquina se sairá melhor do que nós, seres humanos. Entretanto, quando há a necessidade de pensarmos de forma criativa nós saímos na frente”, diz.

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2. Mito do dom

Criatividade não é, para ele, natural, mas sim algo que deve ser desenvolvido por cada um. “Discutir se existe uma pré-disposição para a criatividade é inútil. O que faz diferença mesmo é acreditar que é possível ser mais criativo e trabalhar pesado para se aperfeiçoar, com estudo e treino”, garante.

3. Mito da criação

Toda novidade, relembra Murilo, é a combinação de elementos que já existem. Criar coisas do zero não é essencial para ser criativo. Estar inspirado é ter um bom repertório, que você acumula com o tempo para gerar a combinatividade – união das palavras combinação e criatividade, para Murilo.

4. Mito do acaso

Boas ideias não surgem espontaneamente, de acordo com o professor. Para ele, existe um processo criativo longo por trás de cada ideia, composto por etapas: input, processamento, output e feedback.

“No momento de input, ou preparação, acontece a investigação do problema, utilizando o repertório que já se tem ou informações novas. No processamento, é preciso acontecer um distanciamento, porque o relaxamento permite que o inconsciente aja. O output, ou iluminação, é o momento ‘Eureka!’. Só que esse insight só funciona se as etapas anteriores forem cumpridas com sucesso. Não é algo espontâneo. E o feedback é onde a ideia é testada para ver se realmente funciona. E o processo pode girar novamente até se encontrar a solução ideal”.

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Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney